sexta-feira, 19/04/2024

Esperança – força motriz da humanidade

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Hernan Centurion (*)

 

Escrevo hoje, infelizmente, inspirado não em momentos de congraçamento, comemorações, viagens ou conquistas pessoais. Venho aqui tentar externar uma sensação de imenso pesar oriunda de um relato feito por um amado irmão de Ordem, em virtude do comprometimento da saúde de sua genitora que, vítima de queda da própria altura, encontra-se criticamente internada em Unidade de Terapia Intensiva.

Temos conversado, dentro do possível, durante a última semana e o mesmo tem-me passado os boletins médicos sempre envoltos por um mistério avassaladoramente angustiante, entretanto acompanhados por uma fagulha de esperança por uma resposta satisfatória ao tratamento instituído e, consequentemente, a tão desejada alta hospitalar e retorno ao aconchego familiar.

Esta chama que se apresenta diante das adversidades da vida é a tão aclamada esperança, um daqueles sentimentos que nos sustenta diante da iminência da queda. Como bem escrevera em versos o grupo musical Legião Urbana, capitaneado por Renato Russo, na música Via Láctea: “quando tudo está perdido… sempre existe um caminho… quando tudo está perdido… sempre existe uma luz…” esta luz, de interpretação vasta, poderia bem ser a percepção de quem vê como possível a realização daquilo que se deseja, quer pela fé no poder do Criador, D’us, o Grande Arquiteto do Universo, o Ser misericordioso que nos acolhe quando perdidos, nos afaga quando abatidos e nos abençoa através de milagres; quer pela capacidade ou poder da mente em emitir energia vital, emanar fluidos positivos os quais, coletivamente, formariam uma energia ainda maior, a egrégora, fonte de cura e conforto físico, mental e espiritual.

A esperança seria um fio condutor que nos conecta com o futuro, dando-nos forças para enfrentar os desafios e acreditar em dias melhores. Assim como falara Martin Luther King Jr, “a esperança é a força motriz que nos faz acreditar em um futuro melhor e nos dá coragem para enfrentar os desafios do presente”. Quando acreditamos que há uma possibilidade de melhoria, somos impulsionados a agir e a buscar alternativas. “É a chama que nunca se apaga, mesmo nos momentos mais sombrios”, como afirmara Nelson Mandela. E assim enfrentamos a longa, sinuosa e acidentada estrada da vida, seguindo os exemplos e conselhos dos nossos pais, irmãos, parentes e amigos, sempre orientados pela “luz que alumia todo homem que vem a este mundo” (João, 1:9).

A esperança também desempenha um papel fundamental na transformação social. Quando acreditamos que é possível construir um mundo mais justo e igualitário, tornamo-nos agentes de mudança. Ela é “o único bem comum a todos os homens; aqueles que nada mais têm ainda a possuem” – Tales de Mileto.

Em suma a esperança é um elemento essencial para a nossa saúde emocional e para a construção de um mundo melhor. Portanto, devemos cultivá-la em nossas vidas, compartilhá-la com os outros e nunca deixar que ela se apague. Afinal, é a esperança que nos mantém firmes e nos faz acreditar em momentos vindouros alvissareiros.

“A esperança é a última que morre”, “enquanto houver vida haverá esperança”, isto é, a plena possibilidade de transformar uma situação de saúde desfavorável, fazendo, pois, o sonho da cura tornar-se realidade!

Nunca as perca – a fé e esperança – de sua vista, meu amado irmão!

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Sobre Hernan Centurion

Hernan
(*) Médico cirurgião e coloproctologista. Mestre maçom da Loja Maçônica Clodomir Silva 1477, exercendo atualmente o cargo de venerável.

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