“Governador, o senhor é um grande mentiroso”. Essas foram as últimas palavras proferidas pelo empresário Sadi Gitz, 70, ao governador de Sergipe, Belivaldo Chagas, logo após este discursar na abertura do Simpósio de Oportunidade – novo cenário da cadeia do gás natural em Sergipe”, que seguiria até amanhã, 5. Depois ele deu um tiro na boca e se matou diante de todos. O governador lamentou a morte de Sadi, disse que a culpa do preço do gás é da Petrobras e não da Sergas, a empresa de distribuição sergipana, e encerrou uma entrevista de forma lacônica: “vida que segue”.

O suicídio de Sadi Gitz foi acompanhado, ao vivo, não só pelas dezenas de pessoas que lotavam auditório do Radisson Hotel, na orla de Atalaia, onde ocorria o evento, mas também pelo ministro das Minas e Energia, Bento Albuquerque, convidado para participar e discursar. Dezenas de jornalistas, não só de Sergipe, mas de diversos pontos do país, também cobriram o evento que terminaria amanhã, mas, que foi suspenso.
O ato de Sadi causou perplexidade em todos. Uma das pessoas que estava ao lado, que solicitou para não ser identificada, ficou bastante assustada. “Ele falou bem alto, chamou a atenção de todos e depois se matou. Foi terrível!”, disse a servidora pública que viu tudo de perto.
A jornalista Magna Santana, que cobria o evento, contou que ficou perplexa. “Depois de se dirigir ao governador, ele sacou a arma e se matou”. A arma era um revólver calibre 38 e, segundo a Polícia Civil, pertencia ao empresário que tinha a posse.
Perfil
Em maio deste ano, o empresário Sadi Gitz decidiu pela hibernação da Cerâmica Escurial, e em nota distribuída à imprensa, culpou o governo do Estado por essa decisão: “o motivo determinante para essa decisão foi o preço do gás cobrado pela Sergas, empresa do governo do Estado de Sergipe” e completou dizendo que “a política de preços encontra-se abusiva”. Com a hibernação, foram perdidos 200 empregos diretos e 400 indiretos.
Sadi Paulo Castiel Gitz era natural de Porto Alegre e chegou a Sergipe na década de 80. Em 1993, fundou a Cerâmica Escurial, no Distrito Industrial de Nossa Senhora do Socorro, região metropolitana de Aracaju. Em 2014, a Escurial viveu o melhor momento financeiro, pois o empresário fez um investimento de R$ 70 milhões. Mas em maio deste ano, os problemas apareceram e ele hibernou a empresa.
Sadi ocupou diversos cargos públicos em Aracaju. Ele foi superintendente da Superintendência Municipal de Transportes e Trânsito (SMTT) e Empresa Municipal de Urbanismo (Emurb), ambos da Prefeitura de Aracaju. Também foi presidente da Associação Comercial e Empresarial de Sergipe (Ascese).
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