quarta-feira, 24/04/2024
Sefaz: queda na arrecadação traz prejuízos

Sergipe deixa de arrecadar R$ 175 milhões devido à pandemia da covid-19

Compartilhe:

O Estado de Sergipe deixou de arrecadar, em junho deste ano, R$ 175 milhões, se comparado com igual período de 2019. A informação é da Secretaria de Estado da Fazenda (Sefaz), ao acrescentar que vem fazendo um trabalho de recuperação, como por exemplo, flexibilizando as regras de pagamento do IPVA, parcelando até seis meses e oferecendo descontos de 5% para quem quitar o débito à vista.

A Sefaz informou, ainda, que diante dessa queda provocada pela pandemia da covid-19, o Governo do Estado vem fazendo ajustes e cortes no custeio com o objetivo de equilibrar as contas. Diante da pandemia, até mesmo o orçamento previsto para este ano, que era de aproximadamente R$ 10 bilhões está comprometido. “Com certeza não vai se realizar, mas não temos como fazer uma projeção de segurança para o próximo mês, quanto mais para o final do ano. É tudo muito incerto”, disse a Sefaz, por meio da assessoria de imprensa.

Um estudo apresentado na terça-feira, pelo presidente do Comitê Nacional de Secretários da Fazenda (Comsefaz), Rafael Tajra Fonteles, mostrou que os estados brasileiros registraram perda média de 18% na arrecadação do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), no segundo semestre de 2020, comparado a igual período do ano passado. Em Sergipe, essa queda foi de 20%, de acordo com esse estudo o percentual foi confirmado pela Sefaz.

Situação heterogênea

Os números do Comsefaz mostram que a situação dos governos estaduais é bem heterogênea. Dos 27 entes federados, apenas Mato Grosso não registrou queda de arrecadação, conseguindo aumento de 4%. Houve estados que registraram perdas pequenas, como Mato Grosso do Sul (-3%) e Pará (-6%); mas houve também quem teve grande prejuízo, como Acre (-49%), Amapá (-47%) e Ceará (-28%).

O Comsefaz estima que as perdas continuem nos próximos meses, pois, mesmo com a reabertura gradual das atividades econômicas, os efeitos negativos da crise devem perdurar.

“Desde março, o Comsefaz se antecipou ao que viria e fez um alerta ao governo federal sobre os impactos da crise sanitária nos entes, com quedas superiores a 20%. Mesmo com a retomada das atividades, os efeitos continuam, porque a crise não é só derivada do fechamento da economia, mas do comportamento dos agentes econômicos”,  avaliou Rafael Fonteles, que também é secretário de Fazenda do Piauí.

 

Compartilhe:

Sobre Antonio Carlos Garcia

Editor do Portal Só Sergipe

Leia Também

grupo técnico

Grupo Técnico de Eventos do Governo do Estado se reúne para desenvolver atuação estratégica nos festejos juninos

Sergipe já se prepara para realizar uma programação junina ainda maior e mais estruturada. Nesta …

WhatsApp chat