terça-feira, 23/04/2024
Marcos Aurélio: "fugindo dessa briga idiota entre o lulopetismo x bolsonarismo" Foto; Jadilson Simões

Marcos Aurélio: “o líder do Cidadania, o delegado, se acha acima do bem e do mal”

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“Com a chegada desse grupo que está no, hoje, Cidadania, decidi sair por entender que o líder, o delegado, não tem nenhuma sensibilidade humana, não consegue dar um sorriso para ninguém, se acha acima do bem e do mal”. A afirmação é do  jornalista Marcos Aurélio Costa, ao explicar porque decidiu se filiar ao  PDT, depois de 10 anos do PPS – que em setembro de 2019, o Tribunal Superior Eleitoral autorizou a mudança de nome para Cidadania. Marcos Aurélio, que é pré-candidato a vereador em Aracaju, lembrou que em 2018 votou em Ciro Gomes, “fugindo dessa briga idiota entre o lulopetismo x bolsonarismo, que só gira em torno do ódio, o que não pode sair nada de bom dessa disputa”.  Atualmente diretor de Comunicação Social da Assembleia Legislativa de Sergipe, Marcos Aurélio disse que seu grande projeto, caso seja eleito vereador, é a reformulação do modelo educacional, baseado em inteligência emocional, empreendedorismo e educação financeira.

SÓ SERGIPE – O senhor é pré-candidato a vereador por Aracaju. Já está tudo certo para tornar essa candidatura oficial e o que o senhor defenderá para conquistar o seu eleitorado?

MARCOS AURÉLIO – Estamos construindo um projeto para disputar uma das vagas de vereador em Aracaju, juntamente com um grupo de amigos e amigas. Sobre tornar a candidatura oficial, obviamente que colocaremos nosso nome para que o partido, o PDT, homologue a candidatura, no dia da convenção partidária. E quanto ao que iremos defender para conquistar o eleitorado, na verdade, estamos dialogando com os amigos e amigas que construímos, e estamos conquistando ao longo da minha jornada. O objetivo principal é reformular o modelo educacional que está sendo oferecido aos alunos da rede pública municipal. O modelo atual é baseado numa realidade que existia na década de 70, do século passado. Hoje esse modelo é arcaico e não funciona mais, não prepara os seres humanos para os desafios do século XXI.

SS – Quanto ao seu projeto, o que o senhor tem a oferecer aos aracajuanos?

MA – O nosso grande projeto, é a reformulação do modelo educacional que estamos oferecendo aos nossos jovens e adolescentes. Implantar os três pilares básicos, que são, inteligência emocional, empreendedorismo e educação financeira na educação do município de Aracaju. E na outra ponta, criaremos uma linha de crédito, com o aval da prefeitura de Aracaju, para os adultos que querem empreender, mas não possuem o capital mínimo necessário para começar seu pequeno negócio e poder garantir o sustento de sua família. Além disso, também iremos fortalecer o serviço de assistência psicológica aos alunos da rede pública de Aracaju. Nós temos relatos de muitos estudantes que enfrentam problemas e não conseguem ajuda para superar esses desafios.

SS – Por força da profissão, o senhor está envolvido na política. Isso o motivou a tentar ingressar na política?

MA – Estar envolvido na política deveria ser obrigatório para todos os cidadãos. É esquisito ver a maioria dos brasileiros alheios à política, quando na verdade, é essa área que administra as nossas vidas, através dos serviços públicos, para os quais pagamos impostos, caros, e simplesmente muitos não se importam em participar da política, fiscalizando as ações dos agentes públicos. Mas a maioria sabe criticar, de forma generalizada. Tanto é que virou moda, para conquistar mandatos políticos, dizer que não é político. Eu sou político, e tenho orgulho de ser e fazer política.

SS – Aliás, não é de hoje que o senhor tenta ingressar na política. Será a terceira vez que tentará ser vereador. Em 2000 teve poucos votos, apenas 200. Depois, em 2002 tentou a Câmara Federal e teve 1.470 votos e em 2004, tenta novamente e tem 702. Depois dessas tentativas, o senhor se sente mais preparado?

MA – Como disse, eu sou político e faço política desde os meus vinte e poucos anos, quando, em 1994, fui para rua defender o nome de Jackson Barreto, para governador, mesmo sem estar filiado a partido algum. Sim, já disputei três eleições e a última foi em 2004, quando obtive 702 votos, de amigos, numa campanha que fizemos de forma muito digna, sem usar as ferramentas que alguns usam, e esses votos me deixaram muito orgulhoso. Eu digo sempre que tenho apenas o meu voto, e conseguir fazer com que 701 pessoas saíssem de suas casas, num domingo, e digitar o meu número, por acreditarem em mim, é motivo de muita alegria. Quanto a estar mais preparado, na vida essa é a principal missão, aprender com a jornada e aprimorar nossa forma de atuar e ver o mundo.

SS – Qual a diferença do político Marco Aurélio de 2000 para 2020?

MA – Nos últimos dezesseis anos, fui secretário de comunicação de uma das mais importantes cidades sergipanas, Itabaiana, e criamos um modelo de comunicação social na prefeitura local, dando visibilidade às ações da gestão, criando transparência das ações dos gestores públicos, sempre com o foco na informação verdadeira para os cidadãos. Também estamos atuando como diretor de comunicação da Assembleia Legislativa de Sergipe, onde também criamos uma comunicação direta com os sergipanos. Essa missão foi confiada a mim pelo presidente da Casa, Luciano Bispo, e hoje, os sergipanos podem acompanhar tudo que acontece no Poder Legislativo, de forma extremamente transparente, através das redes sociais e também da TV Alese, em canal aberto, permitindo que todos os sergipanos tenham acesso a tudo.

SS – O senhor era filiado ao PPS e passou pelo PT. Agora se encontrou nas raízes brizolistas?

MA – Me filiei ao PT de Marcelo Déda, quando disputei a última eleição em 2004. Depois a convite de Nilson Lima, um homem sério da administração pública de Sergipe, fui para o PPS, onde fiquei por 10 anos. Com a chegada desse grupo que está no hoje Cidadania, decidi sair, por entender que o líder, o delegado, não tem nenhuma sensibilidade humana, não consegue dar um sorriso para ninguém, se acha acima do bem e do mal, e eu não me sentiria bem num ambiente desse, apesar de respeitar o jeito de ser de cada um. Fui convidado e me filiei ao PDT, partido que tem Ciro Gomes, em quem votei em 2018, e acredito que tenha um projeto administrativo para o Brasil, fugindo dessa briga idiota entre o lulopetismo x bolsonarismo, que só gira em torno do ódio, o que não pode sair nada de bom dessa disputa.

SS – O senhor tem conversado com o prefeito de Aracaju, Edvaldo Nogueira, PDT? Como está a receptividade dele ao seu nome?

MA – Edvaldo Nogueira é um homem muito focado na gestão pública, em governar Aracaju e tem feito isso com decência, o que permitiu recuperar a administração pública da capital sergipana, que estava completamente destruída, após a última gestão do ex-prefeito João Alves Filho.  E todos os sergipanos hoje sabem o porquê dessa situação complicada que a nossa cidade ficou. Desejo ao ex-prefeito e ex-governador, que deu uma grande contribuição ao nosso Estado, que Deus cuide dele, e de todos da sua família. Quanto ao nome de Edvaldo Nogueira, os aracajuanos saberão reconhecer o trabalho do excelente gestor que temos na prefeitura.

SS – O presidente da Assembleia Legislativa, Luciano Bispo, já declarou apoio ao seu nome. Significa que ele já está marchando com o senhor?

MA – O meu amigo, deputado Luciano Bispo, tem uma prioridade nesta eleição municipal, que é reconquistar a prefeitura de Itabaiana, com o melhor nome para disputar, dentre os que se apresentaram na cidade, que é o de Edson Passos. Um homem que já ofereceu aos itabaianenses, enquanto empresário, muito mais ações, na área urbanística, do que os oito anos do atual prefeito. Quem conhece Itabaiana sabe o que estou falando. E Luciano tem a responsabilidade com os itabaianenses e é lá que vai focar seus esforços. Nós já conversamos sobre isso. O nosso projeto aqui em Aracaju tem o apoio dele sim, é óbvio que ele tem me ajudado, quando me orienta a trabalhar e buscar oferecer aos aracajuanos, um projeto que transmite confiança na área da reformulação do sistema educacional, que é precário, para as necessidades atuais, dos jovens e adolescentes.

SS – O senhor tem propostas para a sua categoria? Quais são?

MA –  Aos nossos colegas, profissionais da imprensa, posso assegurar que estaremos à disposição, como estivemos durante esses últimos cinco anos à frente da direção de comunicação da Assembleia Legislativa. Nós democratizamos a verba publicitária da Assembleia, através, não só das televisões, dos jornais, mas também dialogando com os rádios, os portais de internet e, por fim, conseguimos aprovar um PL que autoriza a Alese a fazer publicidade nas rádios comunitárias, o que graças a Deus, conseguimos fazer as parcerias com esses veículos que sofrem, ainda, com a escassez de recursos. Então, nosso mandato será também uma base de apoio aos colegas da Imprensa. Isso sem contar que faremos a defesa, intransigente, da liberdade de expressão e do fortalecimento da democracia, e a Imprensa é um dos pilares da democracia brasileira.

SS – O senhor já tem experiência com gestor, pois foi secretário de comunicação da prefeitura de Itabaiana duas vezes e agora está na Comunicação da Alese. Essas experiências irão ajudá-lo de que forma, caso assuma uma das 24 cadeiras do parlamento municipal de Aracaju?

MA – Veja, às vezes ouvimos algumas propostas de candidatos, ou até mesmo de parlamentares, que só fazem, ou por desconhecimento do que é gestão pública, ou por maldade mesmo. Mas, muitos desses acabam preferindo os discursos que empolgam o cidadão, sem ter a menor responsabilidade do que é gerir uma prefeitura, um Estado, ou até mesmo uma Nação. É preciso ter responsabilidade e não mentir para as pessoas. Quantas vezes, recebemos representantes de classes, que pediam diálogo para resolver suas demandas, lá no gabinete do presidente Luciano Bispo, e todos eles sabem que nós sempre fomos muito sinceros com os assuntos, e muitas das vezes, resolvemos grande parte dos problemas que chegaram até a gente. E isso eu não abro mão, ser sempre verdadeiro com quem me procura.

 

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Sobre Antonio Carlos Garcia

Editor do Portal Só Sergipe

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