terça-feira, 23/04/2024
Na solenidade de abertura deste novo módulo, o secretário da Seduc, professor Josué Modesto dos Passos Subrinho, fez uma referência ao livro Torto Arado

Educação Estadual inicia nova fase de formação do Ensino Médio em Tempo Integral

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A Secretaria de Estado da Educação, do Esporte e da Cultura (Seduc), por meio do Núcleo Gestor de Educação em Tempo Integral (NGETI), iniciou ontem, no Teatro Atheneu, em Aracaju, o segundo módulo formativo direcionado aos professores e gestores selecionados no Programa Escola Educa Mais dos anos de 2020 a 2022.

Na solenidade de abertura deste novo módulo, o secretário da Seduc, professor Josué Modesto dos Passos Subrinho, fez uma referência ao livro Torto Arado, figurando nos personagens atentos às necessidades do Sertão baiano, que fundem-se em uma só voz na luta pela emancipação e acesso aos direitos fundamentais; como quem convocava o público presente para a união de saberes e forças por uma educação integral, tanto pelo período de tempo que os estudantes da modalidade passam na escola, quanto pela proposta de uma metodologia de ensino consciente e autônoma.

Secretário Josué Modesto: “escola pública libertadora”

“O nosso objetivo é construir uma escola pública libertadora, principalmente para quem não tem voz, não tem fala, não tem acesso; e para isso a escola tem que ser integral. Desde a década de 30 todos os educadores brasileiros dizem isso. Escola pública, escola republicana é escola integral. Não existe escola integral em tempo parcial porque o tempo é insuficiente. Se nós temos uma jornada de quatro horas nós não temos como descobrir as lacunas que as famílias deixam na formação destas crianças e destes jovens. O nosso desafio é construir uma escola republicana e vocês são parte integrantes, são a parte decisiva da construção desse projeto utópico, desse projeto revolucionário de dar vez, de dar voz, de dar sonhos, de construção de projetos para os nossos jovens, para os que vem do ambiente simples”, disse o secretário Josué Modesto.

Com um público estimado de 600 profissionais, entre professores e equipe gestora das escolas que ofertam o Ensino Médio em Tempo Integral, a coordenadora geral do NGETI, Emanoela Ramos, explica que o foco do segundo módulo da formação são os profissionais que foram inseridos no Programa entre os anos de 2020 e 2022, depois de um hiato de aulas presenciais provocado pela pandemia.

“Nós tivemos o impacto da pandemia nas formações, então queremos contemplar a formação inicial mais minuciosa e mais detalhada para os professores que iniciaram no programa desde 2020. Por isso, condicionamos esse público para ter essa oportunidade de imersão de cinco dias de formação para entender os princípios, os conceitos, as partes fundamentais do programa, além das mudanças que serão trazidas agora com o Novo Ensino Médio”, relatou Emanoela Ramos.

Rita Maia, professora de Arte no Centro de Excelência Dr. Alcides Pereira, em Maruim, atua no Ensino Médio em Tempo Integral há um ano. Ela participou da primeira formação no formato online, e agora teve a oportunidade de participar de forma presencial. “Para mim é uma porta nova que estou entrando. Estou há um ano inserida no Ensino Médio Integral e a formação é muito importante para que a gente possa entender o processo, possa ter subsídios para trabalhar com o aluno e entender essa nova possibilidade de ensino, de estar o dia todo com o aluno, dar novas possibilidades e de fazer esse aluno enxergar outros cenários”, mencionou Maia.

Robison Sá é coordenador administrativo-financeiro do Centro de Excelência Dr. Lourival Baptista, em Porto da Folha. Desde 2018 atua na modalidade como professor, e, recentemente, na coordenação com a pretensão de retornar para a sala de aula em uma espécie de redenção, como menciona: “A Educação em Tempo Integral é interdimensional, pois trabalha o emocional, intelectual e nós somos compostos por múltiplas dimensões. O integral tem esse olhar e eu queria participar disso até para me redimir, pois para mim era uma espécie de redenção. Lá atrás a minha prática foi muito seca, dura, um ensino conteudista com um olhar muito pouco atento ao aluno. Depois que fiz a minha primeira especialização em educação matemática comecei a mudar esse pensamento. Depois fiz uma outra especialização, que é justamente educação em tempo integral, e aí surgiu um   mundo praticamente novo na minha vida”, concluiu.

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