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A Energisa Sergipe iniciou as ações preventivas do seu plano de contingência operacional para enfrentar o período chuvoso, muitas vezes acompanhado de fortes ventos e raios. Para se ter uma ideia da situação, no primeiro trimestre deste ano, a empresa registrou exatos 85.593 raios no estado, segundo informou a climatologista e consultora da Energisa, Ana Paula Paes. A previsão da empresa é investir R$ 9,1 milhões para aquisição de equipamentos que contribuem para o restabelecimento rápido do fornecimento de energia. Em 2024, o investimento foi de R$ 8.862.905.
Atualmente, a distribuidora conta com 772 religadores instalados nos 63 municípios sergipanos. Esses equipamentos são capazes de identificar, de forma automática, o ponto de falha na rede elétrica e realizar manobras para isolar o trecho danificado. Em até um minuto, o sistema isola o defeito e restabelece o fornecimento de energia para os demais clientes.
Além desses equipamentos, a Energisa também prevê o investimento de R$ 183 milhões em obras de melhoria e ampliação do fornecimento de energia nos municípios onde atua, visando reforçar ainda mais a infraestrutura elétrica do estado.
No campo da inovação, a concessionária também aposta em tecnologias voltadas à manutenção preventiva, como drones, mega jumpers e termovisores. O uso de drones permite realizar inspeções com mais eficiência, segurança e qualidade, especialmente em áreas rurais. Em 2025, já foram realizadas 7.160 inspeções com esse recurso, ajudando a detectar problemas de forma antecipada.
Outra tecnologia empregada é o Mega Jumper, dispositivo instalado temporariamente na rede elétrica para manter o fornecimento de energia durante manutenções. Ele garante que os serviços sejam realizados sem interrupção para os clientes, reduzindo significativamente o número de consumidores afetados.
Já o termovisor é utilizado para aferir a temperatura dos componentes da rede elétrica, identificando pontos críticos em conexões, cabos e transformadores. A partir dessa detecção, a empresa atua de forma preventiva, substituindo os equipamentos antes que falhas ocorram. Em 2025, mais de 30 mil estruturas já foram inspecionadas com o termovisor.
Outra novidade tecnológica é o equipamento de leitura acústica, adquirido este ano. Semelhante a um termovisor, ele utiliza ultrassonografia para gerar imagens acústicas, destacando pontos de vibração. Assim, a Energisa consegue intervir preventivamente antes que essas vibrações causem danos aos cabos e aos componentes isolantes.
No que se refere à manutenção com a rede energizada, a Energisa investe continuamente na capacitação das equipes de Linha Viva, que são treinadas para atuar sem interromper o fornecimento. Em 2024, foram realizados 12.796 serviços desse tipo, como podas de árvores próximas à rede elétrica, substituição de postes, cruzetas e isoladores. Em 2025, já foram executados 4.356 atendimentos. Ao todo, 23 equipes atuam nessa modalidade, utilizando equipamentos de proteção individual e passando por treinamentos específicos para garantir a segurança nas operações.
Projeto VERA
Para fortalecer ainda mais as ações preventivas, a empresa implantou o projeto VERA (Vegetation Recognition & Action). A tecnologia, baseada em inteligência artificial, identifica rapidamente árvores que oferecem risco à rede elétrica. Com o uso de imagens captadas por câmeras, satélites e algoritmos de predição, o sistema determina a espécie das árvores e sua distância em relação à rede, otimizando o planejamento e a execução de podas preventivas.
Desde a implantação do VERA, em março de 2024, já foram cadastradas 23.279 árvores e realizadas 43.247 podas de segurança até março de 2025. A iniciativa integra um conjunto de ações inovadoras que buscam modernizar e dar mais resiliência à rede elétrica, entregando energia com mais qualidade e confiabilidade aos clientes. O projeto é desenvolvido em parceria com o Energisa Digital Labs, centro de excelência em inteligência artificial do Grupo Energisa, e a empresa executora Concert.
