domingo, 21/04/2024

A subocupação por insuficiência de horas

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Economia Herética/ Emerson Sousa

Nas palavras da Organização Internacional do Trabalho (OIT), a subocupação espelha a débil utilização da capacidade produtiva da população com emprego, apontando para um sistema econômico deficiente em nível nacional ou regional.

 

 

Em suma, uma pessoa nessa condição atende aos seguintes requisitos:

  • Tinha 14 anos ou mais de idade;
  • Trabalhava habitualmente menos de 40 horas no seu único trabalho ou no conjunto de todos os seus trabalhos;
  • Gostaria de trabalhar mais horas que as habitualmente trabalhadas e
  • Estava disponível para trabalhar mais horas no período de 30 dias.

Conforme dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua mensal (PNADC Mensal), entre os meses de setembro a novembro de 2020, o Brasil possuía uma porção de 7,8% de sua força de trabalho disponível em situação de subemprego por insuficiência de horas trabalhadas.

Esse é o maior nível desde o trimestre móvel de abril, maio e junho de 2019.

O maior valor já visto no decorrer de toda a série histórica da pesquisa para esse fenômeno foi justamente em sua data inaugural – o trimestre móvel de janeiro/fevereiro/março de 2019 – quando a subocupação foi dimensionada em 8%.

Basicamente, essa trajetória pode ser dividida em dois períodos distintos: uma fase de queda até os meses de maio a julho de 2014, quando registrou uma média de 4,7% de prevalência, e um recrudescimento que chega aos meses finais de 2020.

Nesse último interregno, a ocorrência do subemprego tem ficado numa média mensal de 6,4% a cada trimestre móvel, em contraposição aos 5,8% da etapa anterior.

Todavia, até novembro de 2020, essa proporção apresentou uma média anual de 7,2% da força de trabalho.

(*) Emerson Sousa é Mestre em Economia e Doutor em Administração

** Esse texto é de responsabilidade exclusiva do autor.  Não reflete, necessariamente, a opinião do Só Sergipe

 

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Sobre Emerson Sousa

Economista Emerson Sousa
Doutor em Administração pelo NPGA/UFBA e mestre em Economia pelo NUPEC/UFS

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