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Por Charles Albuquerque (*)
Filhos não chegam com manual de cuidados. Entretanto, chegam como um baú de preocupações. Desde o primeiro dia de vida, tiram-nos o sono. Quantas vezes acordamos no meio da noite para ver se estão respirando? A notícia não é a melhor: à medida que crescem nem sempre melhora, as preocupações apenas mudam de tamanho.
Se você é pai ou mãe de primeira viagem ou está com um novo herdeiro na família, nesta coluna, vamos lhe ajudar a identificar os sinais de perigo para que você saiba como agir em cada uma das situações mais frequentes que envolvem risco à vida das crianças e bebês.
Há possivel saber como agir em situações frequentes que envolvem risco à vida das crianças e bebês
Em caso de acidentes com crianças, antes de qualquer coisa, se você não souber exatamente o que fazer, é fundamental manter a calma e agir para buscar ajuda médica profissional o mais rápido possível. Você pode discar para o nº 192 – Serviço de Atendimento de Urgência (Samu) e pedir orientações.
Em caso de acidentes, enquanto espera a ajuda, verifique a respiração e a pulsação da criança. É importante que toda pessoa aprenda como fazer reanimação cardiopulmonar, se necessário, inicie o procedimento enquanto a ajuda está a caminho.
Caso a criança esteja consciente e respirando, acalme-a e mantenha-a confortável até a chegada da assistência médica.
A não ser que tenha sido instruído por um profissional de saúde, evite administrar medicamentos ou líquidos por conta própria enquanto espera ou está a caminho do socorro.
Evite movimentar a criança até que os paramédicos cheguem se houver suspeita de fratura, principalmente, na coluna vertebral, a menos que seja absolutamente necessário por motivos de segurança.
Todo adulto deve buscar aprender como desengasgar uma criança. Pois engasgos prolongados podem levar à morte ou a danos cerebrais irreversíveis. Uma simples manobra pode fazer a completa diferença.
Se houver sangramento, faça uma compressão firme com um pano limpo ou gaze para controlar a hemorragia. Evite usar um volume muito grande de pano, pois pode continuar sangrando para o pano sem que você perceba. Interromper o sangramento com a compressão é o objetivo.
Quando se trata de bebês há outros sinais de perigos que não estão, necessariamente, relacionados aos acidentes. Nesses casos, você deve procurar IMEDIATAMENTE o serviço de urgência mais próximo do local quando observar algum dos seguintes sinais de perigo em bebês e crianças menores de um ano de idade:
- persistência ou surgimento de icterícia (cor amarelada) na pele de crianças com mais de 2 semanas de vida;
- se a icterícia atingir os braços e as pernas do bebê;
- urina escura;
- fezes claras;
- em caso de uma crise convulsiva (convulsão);
- perda da consciência por queda ou qualquer motivo
- Apatia (criança molinha, com o corpo largado)
- Hipoatividade (criança movimentando-se menos que o normal)
- Sonolência excessiva ou com dificuldade para acordar
- Dificuldade para respirar, respiração rápida ou cansaço
- Bebê que não consegue mamar
- Criança que vomita tudo o que ingere
- Vermelhidão, dor ou secreção malcheirosa ao redor do umbigo
- Pus saindo da orelha
- Temperatura do corpo abaixo do normal (menor ou igual a 35,5ºC)
- Febre alta (temperatura maior ou igual a 37,8ºC)
Esteja sempre preparado(a) para uma situação de emergência, mas, nesses casos, é sempre melhor buscar ajuda médica imediatamente.
Espero que você goste e tire o melhor proveito dessas informações. Afinal, viver à flor da pele não é uma opção, é uma condição.
“…Quando criança, nós não temos dificuldade para saber o
que é bom: se algo nos faz feliz, é bom… é simples assim. Meu dote era
algo bom, porque me fazia feliz. Também é fácil saber quando uma criança está feliz: se está sorrindo está feliz… é simples….” (Trecho de O Dote de Letícia – Pág. 25)
Um grande abraço.
