segunda-feira, 25/03/2024
Hoje, segundo a Secretaria de Estado da Saúde (SES), 157.080 pessoas não tomaram nenhuma das vacinas até o momento Imagem: Pixabay

Os que não acreditam na vacina contra a Covid-19

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Lúcio Flávio não tomou e não tomará vacina contra Covid-19

“Eu não tomei a vacina e nem pretendendo tomá-la; a vacinação de jovens e adolescentes é um crime; faço tratamento precoce, tomei hidroxicloroquina”; a nova variante Ômicron não me assusta”; o risco da vacina é maior do que a doença”. Esses são depoimentos de algumas pessoas em Sergipe que não tomaram e nem tomarão nenhuma das vacinas contra a Covid-19, por não acreditarem na eficácia. Hoje, segundo a Secretaria de Estado da Saúde (SES), 157.080 pessoas não tomaram nenhuma das vacinas até o momento.

Mas este número – 157.080 – não quer dizer que todas elas optaram por não se vacinar de jeito nenhum. De acordo com a SES, entre as pessoas maiores de 18 anos, 93% desse público está imunizado, faltando vacinar 116.892. Entres os adolescentes de 12 a 17 anos, 82% desse público foi vacinado, faltando 40.188, com a ressalva de que não foram entregues 100% das doses para essa população.

No entanto, dentro desse universo, há os adultos que não se vacinam de jeito nenhum e não imunizaram os filhos adolescentes. O publicitário Lúcio Flávio Miranda da Rocha é contra a obrigatoriedade da vacina e a decisão de não se vacinar foi pessoal: “Não tomei e nem pretendo tomar a vacina. Eu e minha esposa decidimos por não vacinar nossos filhos”. Para ele, a questão é muito simples: “Primeiro, porque a Constituição nos garante esse direito. Ninguém é obrigado a inocular nenhum tipo de medicamento sem o seu consentimento” e classifica as vacinas como “experimentais, que estão gerando efeitos colaterais gravíssimos, comprovados cientificamente”.

Ele afirma que detectou que “existem outros meios mais seguros. Nós, nesse momento, estamos nos prevenindo com vitamina D e Ivermectina. Não somos muito afeitos a máscaras, e eu, em especial, passei todo o período eleitoral em franca campanha, me abraçando com as pessoas, me reunindo. Não tive Covid-19 e espero que não venha a ter”.

Ação no STF

“As vacinas foram feitas baseadas nas primeiras cepas. Nós estamos com novas cepas e as vacinas não protegem da cepa Delta, por exemplo, que é menos mortal. E como estão todas em caráter experimental, só terão eficácia comprovada em 2023. Então não faz sentido a obrigatoriedade”, completa Lúcio Flávio.

Reclamação no STF Foto: Marcello Casal Jr/ Agência Brasil

E por falar em obrigatoriedade, a Procuradoria Geral do Estado (PGE) ingressou com uma reclamação no Supremo Tribunal Federal (STF), contra a decisão do Tribunal de Justiça de Sergipe (TJ-SE), que exigiu a comprovação de vacinação contra a Covid-19 para ter acesso a qualquer prédio do órgão. A ação pede a imediata suspensão da portaria.

A ação é de autoria dos procuradores André Luiz Santos Meira e José Paulo Leão Veloso Silva, este último que, como Lúcio Flávio, optou por não se vacinar contra a Covid-19. “Não confio na segurança da vacina. As farmacêuticas não se responsabilizam pelos efeitos colaterais e isso não é normal. Fico desconfiado”, observou.

Para ele, “todas as vacinas estão em fase de testes. Não se sabe que efeitos colaterais a médio e longo prazo essas vacinas produzirão nas pessoas. Elas [as vacinas] não são inofensivas. Tomo todas as vacinas, mas tenho problemas com essas contra a Covid-19, porque não confio nelas”. Segundo o procurador do Estado, “nos Estados Unidos, 18 mil pessoas morreram devido aos efeitos colaterais da vacina”.

José Paulo Leão Veloso Silva afirmou que já contraiu a Covid-19 e frisou que “há uma dezena de estudos dizendo que a imunidade natural é mais forte que a vacinal. Fiz exame de anticorpo neutralizante e o produzo. Quem teve Covid não precisa tomar vacina. Para mim, o risco da vacina é maior que a doença”. O procurador ressalta que “já houve pessoas que amputaram a perna, tiveram miocardite por terem tomado a vacina”.

Entre os familiares, José Paulo diz que a esposa optou por não se vacinar e “os filhos não se vacinam de jeito nenhum”, pois ele entende que “a vacinação de jovens e adolescentes é um crime”, porque eles não agravam com a Covid-19. “Tenho três filhos em idade escolar e desconheço casos entre os colegas deles. Acho uma irresponsabilidade vacinar criança sem saber os efeitos. Submeter uma população saudável a uma vacina que não vai proteger de nada é um absurdo”, assegurou. Os pais do procurador, que têm 77 e 74 anos foram vacinados.

“Imunidade lá em cima”

Maria de Fátima (nome fictício) faz tratamento precoce com Hidroxicloroquina e teve Covid-19 em dezembro do ano passado. “E acho que minha imunidade está lá em cima”, diz. Ela não vai se vacinar, porque, na opinião dela, são medicamentos experimentais e a obrigatoriedade é inconstitucional. “Como disse, tive Covid; e estudos alegam  que as pessoas que tiveram Covid têm imunidade natural”, frisou.

Maria de Fátima pediu que usasse esse nome fictício para que não sofresse represália no trabalho.  Para ela, a nova variante Ômicron, descoberta recentemente na África, não a assusta. “Vejo pessoas desenvolvendo cepas de Covid-19. Existe a possibilidade de as pessoas terem sido contaminadas pelos componentes da vacina”, pontuou.

Maria de Fátima disse que sua decisão em não se vacinar não teve nenhuma influência política ou religiosa. “Há várias pessoas que apoiam o presidente e tomaram a vacina.  Venho acompanhando todas as discussões com relação à origem da doença, aos sintomas, às formas de transmissão e combate, e na minha cabeça não entrou que a vacina é tratamento seguro e que devo tomá-la”.

“Na minha casa, somos cinco e ninguém tomou. Tenho filho menor de idade e tenho jurisdição sobre ele”, disse ao ser questionada sobre a posição dos seus familiares quanto a se imunizar ou não contra a Covid-19.

 

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