quinta-feira, 05/12/2024
Tenison Del Rey
Cantor e compositor baiano Tenison Del Rey Foto: Peu Acioly

Tenison Del Rey lança em Aracaju “Música para rodinha de Axé”, na festa Boteco de Adepol – 30 anos de carreira de delegado

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O cantor e compositor baiano, Tenison Del Rey, lança neste sábado, em Aracaju, seu mais novo trabalho com Jaguar Andrade, “Músicas para rodinhas de Axé!”, durante a festa “Boteco da Adepol – 30 anos da carreira de delegado”, promovida pela Associação dos Delegados da Polícia Civil de Sergipe (Adepol), no Selma Duarte. Apesar da obrigatoriedade de o concurso público ser a partir da Constituição de 1988, somente em 1994, seis anos depois, é que o Governo de Sergipe realizou o primeiro concurso público para o cargo de delegado da Polícia Civil, somente para Aracaju, quando foram aprovadas 18 pessoas,  que ficaram conhecidas como “os 18 do Forte”, numa alusão ao movimento tenentista de 1922.

Delegado Gabriel Nogueira

O delegado e vice-presidente de Comunicação da Adepol, Gabriel Nogueira, lembra que até 1993 não existia a carreira de delegado de polícia em Sergipe, e as pessoas que estavam nesses cargos eram comissionadas. “Sergipe foi um dos últimos Estados a implementar a carreira com concurso público”, afirmou. Ele destaca a importância do então secretário de Segurança Pública, Flamarion D’Ávila Fontes, e do superintendente da Polícia, coronel Gildo Mendonça neste processo. Depois de 1994, ocorreram concursos em 2001, 2005 e o último 2018. “Temos hoje quase 185 delegados, estrutura consolidada, organizada em todo o Estado”, reforçou.

Para completar as homenagens, todos serão animados por Tenison Del Rey, com o show “Músicas para rodinhas de Axé”, disponível nos principais streamings de música, que ele define como “uma leitura de tudo que vivi na música baiana, minha leitura raiz, praieira do axé music. Teremos também outros clássicos da música baiana para temperar a festa”, avisa.

Tenison Del Rey
O cantautor Tenison Del Rey fazendo show em Salvador

Tenison se intitula como um “cantautor”, neologismo da união das palavras cantor e autor, utilizado no português europeu para designar os artistas musicais que escrevem, compõem e cantam seu próprio material, incluindo letra e melodia. A banda que atuará em Aracaju terá, além de Tenison como cantor, dois percussionistas, um violinista e um baixista. “Tudo na simplicidade, do jeito que fazíamos nossas rodinhas  nas praias aqui em Salvador”, arremata.

Esse quinteto vai interpretar as composições do cantautor bastante conhecidas. Quem nunca cantarolou, por exemplo, “Chicleteiro eu, chicleteiro ela”, canção imortalizada pelo Chiclete com Banana? Ou então, “Cabelo Raspadinho”, também cantado por Bel Marques, dentre outras? O cantautor, baiano de Itapetinga, 59 anos, lembra que tudo começou quando, em 1990, Vânia Abreu, irmã de Daniela Mercury, gravou sua primeira canção chamada “Nem pão, nem sal, nem osso” e aí a carreira decolou. Em 1991, Netinho gravou “Barracos”, poderosa reflexão sobre a dura realidade vivida por aqueles que moram em áreas marginalizadas. Música, aliá, bastante atual.

Cancioneiro precoce

Carlinhos Brown e Luiz Caldas, no projeto Autorais, de Tenison Del Rey e Jorge Zarat

Tenison conta que se mudou com a família, de Itapetinga para Salvador, aos cinco anos de idade e aos nove, começou a compor canções. Na adolescência, participou de festivais de músicas estudantis. “São sinais, nasci para isso”, ressalta. “Me formei na então Escola Técnica Federal da Bahia, em 1983, trabalhei dois anos na indústria metalúrgica até 1985. E aí disse a ‘mainha’ que não aguentava mais [o trabalho de metalúrgico] e que meu negócio era música e ela disse: ‘Vá ser feliz’ e eu fui”.

O artista também faz parte de um projeto chamado “Autorais”, lançado em 2021, logo no final da pandemia, junto com Jorge Zarat e Tonho Matéria. “Somos três cantautores apresentando somente músicas nossas. Quem não conhece a ‘Dança da Cordinha’, de Jorge Zarat, ou “Se me chamar, eu vou”, de Tonho Matéria?, diz.

Já que os delegados chamaram Tenison, ele vai cantar na festa deles, mas na sexta-feira estará em Brasília, acalmando com axé, o centro nevrálgico do país.

 

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