Por Léo Mittaraquis (*) “Nosso relacionamento com a comida é complexo, multifacetado e influenciado por uma série de fatores: cultura, tradição, emoções e gostos pessoais além de preferências nutricionais e dietéticas. Os tipos de comida que escolhemos e comemos, as maneiras como os preparamos e as ocasiões em que os consumimos são todos fortemente influenciados por contextos culturais …
Leia Mais »Tag Archives: vinho
Da sedutora inutilidade diletante
Por Léo Mittaraquis (*) Tudo o que é útil é horrível e feio. A cozinha é indispensável numa casa; mas ninguém se lembraria de lá ficar, e vamos para um salão a que enfeitamos, como este, de coisas perfeitamente supérfluas. Para que servem essas pinturas encantadoras, essas madeiras trabalhadas? Só é belo o que nos parece inútil! Honoré …
Leia Mais »Pelos bares da vida e esta gente gentil
Por Léo Mittaraquis (*) Quem nos conhece sabe do nosso amor por São Paulo. No meu caso, não obstante ser carioca, a “Cidade Maravilhosa Cheia de Encantos Mil”, se mantém em terceiro lugar no coração, pois, antes dela ainda se impõe Curitiba. Mas é sobre São Paulo o nosso papo neste sábado. A São Paulo para o intelectual, …
Leia Mais »Vermeer e o Vinho
Por Léo Mittaraquis (*) Bem conhecida é a tela “A Taça de Vinho” produzida por um dos grandes gênios da pintura holandesa, Johannes Vermeer (1632-1675). Este viveu pouco, o que me faz recordar (e quando o esqueci?) o hipocrático e seneceano adágio “Ars Longa, Vita Brevis”. Vermeer foi batizado em 31 de outubro de 1632, na assim denominada Nova …
Leia Mais »Imagens à sombra de Sontag – Quando uma musa quase me levou a ser “gauche na vida”
Por Léo Mittaraquis (*) “Nenhuma imagem se justifica por si mesma, mas na relação exata e específica que mantém com as imagens cronologicamente adjacentes — cuja relação constitui seu ‘sentido'” Susan Sontag, A Vontade Radical Como é possível ocorrer de um conservador, cultor da Tradição Ocidental, leitor e admirador dos grandes mestres do conservadorismo, se apaixonar platônica …
Leia Mais »Sob as bênçãos de Éolo — Um verdadeiro clássico da Literatura em Sergipe: “Velas Pandas”
Por Léo Mittaraquis (*) “O amor é uma parcela essencial de nossa existência, e, portanto, deve ser buscado e valorizado de maneira global. Adicionalmente, a crescente falta de consciência em tomo dos escritos dos prístinos filósofos deve ser responsabilizada pela atitude negligente das pessoas de hoje em dia, no que diz respeito aos reais valores inerentes à natureza …
Leia Mais »Observando o mundo em um café no Porto
Por Luiz Thadeu Nunes e Silva (*) Estou na bela Cidade do Porto, banhada pelo rio Douro. Terra de bons vinhos. Sempre que por aqui aporto, me renovo. Vim ao Porto para o lançamento do livro “Das muletas fiz asas”. Na última sexta-feira, 24/05, reuni amigos e algumas pessoas que não conhecia, que foram gentilmente prestigiar-me no Clube …
Leia Mais »Comer e beber bem com Marcel Proust
Por Léo Mittaraquis (*) “Para Proust, o ato de recordar é uma forma de experiência involuntária de efeito arrebatador, que não vivenciamos na própria ocasião nem podemos provocar com um trabalho de memória, dirigida pela consciência. Mas em momentos espontâneos, em virtude de uma associação casual, somos inundados com recordações que levam a uma simultaneidade de presente e …
Leia Mais »Para além dos tintos – sobre “Vinho branco para leigos”, de Ed McCarthy e Mary Ewing-Mulligan
Por Léo Mittaraquis (*) Quando lançado no Brasil, em 1997, “Vinho Branco Para Leigos” já havia alcançado o invejável número de trinta milhões de cópias vendidas em todo o mundo. Passados vinte e sete anos, a obra continua essencial. Os leitores que conhecem mais do que o nível comum sobre vinhos brancos e respectiva produção atual, poderão ajustar um …
Leia Mais »Somos o que comemos? Sobre “Comer – necessidade, desejo, obsessão”, de Paolo Rossi
Por Léo Mitarraquis (*) “No final de agosto, com fortes chuvas e sol. Durante uma semana inteira, as amoras amadureceram. A princípio, apenas um, um coágulo roxo brilhante. Entre outros, vermelho, verde, duro como um nó. Você comeu aquele primeiro e sua polpa era doce Como vinho espesso: o sangue do verão estava nele Deixando manchas na língua …
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