Aracaju, um lugar no mundo, um lugar no coração.

Professor Luiz Eduardo Oliveira (*)

 

Aracaju, um lugar no mundo

Um lugar no coração.

Histórias vividas, vidas ressentidas.

Ilusão.

Aracaju, misto de sensações

Um arrepio de emoções.

Cidade banhada por águas em sua extensão

Acariciada às margens de rios e mar que se misturam,

Provocando uma transferência de vibrações para além de nossa imaginação.

Amor e ódio

Acolhimento e expulsão

Sem o cacique Serigy e sua tribo

Vencidos e exterminados por Portugal

Muitos dos nossos, hoje querem abrigo além-mar ou na cidade Real.

Contam-nos que o cacique das terras do Vaza Barris não aceitou um tal acordo

Rejeitou a benevolência imperial.

Verdade sem lastro legal, mentira social.

Vivemos uma diáspora de jovens inteligentes e trabalhadores

Vítimas, talvez, da maldição do cacique.

Que ainda insiste e existe.

Palácio Serigy, Cacique Chá

Aracaju, lugar igual não há.

Comunidade quilombola

Tem muita história negra na Maloca.

Formadores de nossa raça, parda, superficial, oca.

Comemorar, com festas

Esquadrilha da fumaça e artistas nacionais

Aracajuanos precisam, apenas, de dias normais.

Saúde, educação, segurança pública e cidadania

Enquanto isso, muita hipocrisia.

Congestionamento, todo dia.

A política do pão seco e do circo sem graça.

Seguimos representando um protótipo de cidade da qualidade de vida.

Para quem?

Desdém.

Um futuro programado para alguns.

Rimas, métricas, versos desconexos.

Aracaju, sem nexo.

Parabéns ao povo aracajuano.