segunda-feira, 22/04/2024
Use fértil, em Maruim Fotos: Ascom/Sedetec

Sergipe fortalece posição no setor de fertilizantes

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Focado na geração de empregos e oportunidades, o Governo de Sergipe vem estimulando diversas empresas do ramo de fertilizantes, concedendo apoio fiscal e locacional por meio do Programa Sergipano de Desenvolvimento Industrial (PSDI). O incentivo, que tem como objetivo a atração de empresas para Sergipe, assim como a ampliação de empreendimentos já existentes, é viabilizado pela Companhia de Desenvolvimento Econômico de Sergipe (Codise) e pelo Conselho de Desenvolvimento Industrial (CDI).

New Crops, em Carmópolis

Ao todo, sete misturadoras de fertilizantes estão situadas em Sergipe, todas contando com o apoio do PSDI. Entre as sete, quatro já estão em produção, enquanto três estão em processo de implantação. Entre as que estão em atividade, encontram-se as fábricas Heringer e Sudoeste, localizadas no município de Rosário do Catete; a Usifértil, em Maruim, e a New Crops, em Carmópolis. No momento, outras duas empresas do ramo já estão em negociação para virem se instalar em Sergipe. Em fase de implantação estão a Adubos Central, em Barra dos Coqueiros, a Agropecuária Maratá, em Maruim, e a Adubos Pantaleão, em Laranjeiras.

Contando com incentivos fiscais e locacionais por meio do PSDI, a New Crops atua no ramo de fertilizantes foliares e fertirrigação, sendo a única em Sergipe com essa tecnologia. A empresa tem capacidade de produção de 1,5 mil toneladas por ano e 500 toneladas em estocagem. Os produtos tem distribuição em Sergipe, sendo usados nas culturas de milho, laranja e cana. As regiões de Petrolina e do oeste baiano também recebem a produção, voltada à cultura de grãos.

Segundo o sócio-administrador da empresa, Eudas Feitosa, a área de distribuição da New Crops está em vias de expansão para a região de Matopiba (Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia), além do Pará. Eudas explica que a localização da fábrica, situada no Distrito Industrial de Carmópolis, foi fundamental para a implantação. “O Nordeste é um mercado em amadurecimento. Escolhemos uma área estratégica, na margem da BR 101. A logística, além da oferta de ureia e potássio dentro de Sergipe, também favorecem”, pontuou.

Implantação

A Pantaleão é uma das empresas em fase de implantação em Sergipe, que recentemente adquiriu uma área para expansão com suporte locacional do PSDI. A misturadora é fruto de um investimento da ordem de R$ 5 milhões. A empresa tem capacidade de produção diária de 400 toneladas. “Os nossos produtos têm o estado de Minas Gerais e a Bahia como principais destinos, mas enviamos para todo o país”, resume o gerente administrativo da empresa, Júnior Bispo.

Já a Agropecuária Maratá deverá superar 230 mil toneladas anuais em seu quinto ano de atividade, com capacidade máxima. Em seu primeiro ano, a produção deverá ser de 96 mil toneladas. Uma média de 60% de todos os produtos será destinada para Sergipe na fase inicial, em especial a plantios de cana de açúcar e de milho. Os demais 40% devem ser destinados a estados vizinhos.

“O investimento total foi de $52 milhões. Este valor deverá crescer com a compra de mais equipamentos e insumos, que serão totalmente importados através do porto de Sergipe”, afirma o diretor de investimentos do Grupo Maratá, Antônio Carlos Borges.

Cenário

Segundo o diretor de Novos Negócios da Codise, Luiz Mário Silva, o apoio do Governo de Sergipe ao setor de fertilizantes visa consolidar a posição do Estado no cenário nacional. Tal suporte vem sendo ofertado por meio da Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico e da Ciência e Tecnologia (Sedetec), à qual a Codise é vinculada, entre outros órgãos que compõem a administração estadual. O diretor lembra que, atualmente, o Brasil é muito dependente do mercado estrangeiro para abastecer sua demanda de fertilizantes, para atendimento ao agronegócio.

“Sergipe produz ureia e potássio, insumos essenciais às misturas de fertilizantes, sobretudo com a atuação da Unigel Agro SE e Mosaic. Essas condições colocam o Estado em uma posição de destaque frente ao cenário brasileiro. E os incentivos do Governo às misturadoras de fertilizantes, por meio do PSDI, tem o objetivo de fortalecer essa posição, incentivando a cadeia produtiva e garantindo a geração de diversos postos de trabalho diretos e indiretos”, explica Luiz Mário.

Além do suporte às empresas, o Governo vem participando das discussões relacionadas ao desenvolvimento do Plano Nacional de Fertilizantes (PNF) e à instituição do Programa de Desenvolvimento da Indústria de Fertilizantes (Profert), através do projeto de lei 3507/2021, de autoria do deputado federal Laércio Oliveira. Também vem sendo trabalhado o projeto do Polo de Fertilizantes de Sergipe, atualmente em elaboração pela consultoria Mastersenso. Nesse cenário, o gás natural é um fator fundamental, já que é um importante insumo para a produção de fertilizantes nitrogenados.

“A partir do novo cenário do gás, com maior competitividade no setor, e com a reserva abundante de que dispomos em nosso litoral, Sergipe terá maior visibilidade e atratividade. Temos o intuito de ter no estado um grande polo de fertilizantes do Brasil, capaz de atender à demanda dos estados mais próximos, chegando a alcançar a fronteira agrícola da região de Matopiba e contribuindo para reduzir a dependência brasileira do produto estrangeiro”, destacou Marcelo Menezes, superintendente-executivo da Sedetec.

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