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A Polícia Federal (PF) está cumprindo 25 mandados de busca e apreensão na 75ª fase da Operação Lavajato que, desta vez leva o nome de Boeman, em Sergipe, Rio Janeiro e São Paulo. Em Sergipe, policiais federais estiveram nos escritórios da Celse – Centrais Elétricas de Sergipe – em Aracaju e Barra dos Coqueiros, pois um dos alvos da investigação é conselheiro dessa empresa e as autoridades queriam ter acesso aos computadores dele. A Celse não possui nenhuma relação com os fatos investigados.
Segundo PF, as medidas são resultado de informações repassadas em acordo de colaboração premiada de lobistas que atuavam junto a funcionários da Petrobras e a políticos com influência na estatal.
As provas apresentadas pelos colaboradores mostram indícios de corrupção, evasão de divisas e lavagem de dinheiro durante processo de contratação de navios lançadores de linha (PLSV) pela Petrobras.
Um dos investigados, de acordo com a PF, teve acesso a informações privilegiadas da estatal para ter vantagens no processo licitatório. Investigações feitas por autoridades holandesas também teriam constatado ilegalidades no fornecimento desses navios.
As empresas estrangeiras vencedoras da licitação, posteriormente, subcontrataram uma companhia holandesa para execução do serviço licitado. A companhia holandesa contratada era representada por um empresário brasileiro.
Os mandados de busca e apreensão de hoje têm por objetivo cessar a atividade criminosa, aprofundar o rastreamento dos recursos de origem criminosa (propina) e concluir a investigação policial.
Boeman, nome da operação, se refere à criatura mítica da Holanda popularmente conhecida como “bicho-papão”.
