segunda-feira, 15/04/2024
João Tarantella foi candidato a prefeito de Aracaju e a governador de Sergipe

“O Brasil não tem Governo”, critica João da Tarantella

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Depois de tentar, sem sucesso, uma vaga na Câmara Municipal, outra na Assembleia Legislativa, e outra na Prefeitura de Aracaju, o empresário João da Tarantella (PSL), agora parte para voo mais alto: é pré-candidato ao Governo do Estado e trabalha para que, em 2019, esteja no poder com o deputado federal Jair Bolsonaro, pré-candidato a presidente da República. Como já anunciou, João da Tarantella está organizando a visita que Bolsonaro fará a Aracaju, até abril, e acredita que cerca de três mil pessoas devem recepcionar o presidenciável no Aeroporto de Aracaju.

O pré-candidato foi enfático em dizer que hoje o Brasil não tem governo, que “é frouxo e irresponsável” e avisou que o ex-presidente Lula é passado. E arrisca: “Lula vai pedir asilo numa embaixada e colocar a turma do PT para ficar enchendo o saco em Brasília, para criar um fato internacional. Não acredito que ele terá o poder de transferência de voto”.

Na eleição para prefeito, Tarantella foi impedido de participar do debate promovido pela TV Sergipe, afiliada da TV Globo, e ficou acorrentado na porta da emissora por mais de 40 horas. Nessa eleição, no entanto, ele diz que vai ser tudo  diferente porque existem as redes sociais e elas são fortes, bem mais que a TV Globo, por exemplo.

SÓ SERGIPE – O senhor já foi candidato a prefeito de Aracaju algumas vezes, mas sem sucesso. Agora anuncia que é pré-candidato a governador pelo PSL. O que lhe move?

JOÃO DA TARANTELLA – Fui candidato a vereador, deputado estadual e prefeito na última eleição. Graças ao projeto de 2016 é que estamos liderando, com um grupo de amigos, o projeto de Jair Bolsonaro em Sergipe. À turma de Bolsonaro em Sergipe eu credito a ajuda que eles deram.  A nossa parceria começou ali, na eleição para prefeito.

SS – E o senhor esteve com ele recentemente, em Brasília.

JT – Estamos fazendo um trabalho.  Disponibilizamos um prédio na avenida Edézio Vieira de Melo, Bolsonaro mandou Julian Lemos, vice-presidente nacional do PSL. E agora fomos convidados para filiação de Bolsonaro no PSL. E estamos liderando um projeto vitorioso. Eu acredito que ninguém toma a eleição de Bolsonaro. Ele é pré-candidato a presidente, sou pré-candidato ao governo de Sergipe. Espero que as pessoas que votaram no projeto de Bolsonaro em Sergipe, votem com a gente aqui. Teremos uma chapa completa. Não temos preocupação nenhuma em se coligar com partidos e vamos aguardar a orientação nacional. Só devemos nos coligar com partidos que estejam alinhados com o projeto de Bolsonaro.  Os partidos grandes de Sergipe já têm seus donos.  E os pequenos só se coligam com quem tem alguma coisa para dar. Portanto, não temos essa preocupação.

Tarantella trará Bolsonaro a Sergipe

SS – O Jair Bolsonaro é uma figura controversa.  Tem muita gente que o odeia, outros o amam. Como o senhor vai equilibrar, por aqui, esses sentimentos?

JT – Simples. Ele é o melhor candidato. Eu tenho muito orgulho, junto com alguns amigos, de liderar o projeto dele aqui. Você precisa conhecê-lo pessoalmente. A imprensa, de modo geral, trabalha contra ele o tempo todo. Depois que passei a liderar o projeto de Bolsonaro em Sergipe, praticamente, fui proibido de ir para as rádios dar entrevista. Alguns jornalistas ligam com chacota, piada e levamos numa boa. Mas uma coisa que a grande imprensa não controla mais são as redes sociais e a população que está com nojo do que está acontecendo no Brasil.

SS – E o que está acontecendo, em sua opinião?

JT – O Brasil hoje não tem governo. O Governo Federal é um frouxo, um irresponsável. Aracaju não tem prefeito, pois a eleição de Edvaldo Nogueira foi uma fraude nos esquemas com a Torre. Mas você não vê a imprensa cobrar, denunciar. Infelizmente, não é o eleitor quem tem que mudar somente, é a imprensa. Ela tem uma arma que poucos segmentos têm no Brasil, que é a força. Pessoas que têm poder para o bem e para o mal. A grande maioria da imprensa pega frases de efeito de Bolsonaro e o rotula como um cara do mal. Passei três dias com ele em Brasília e não tem um lugar que ele passe para não ter pessoas cercando ele. Bolsonaro é uma paciência, tranquilidade.

SS – O senhor pretende reunir quantas pessoas aqui em Aracaju?

JT – Acredito que entre três a cinco mil pessoas somente no aeroporto. Quando voltamos, anunciamos isso nas redes sociais e as pessoas querem saber quando ele estará aqui. Mas está próximo. Ele ainda não visitou Sergipe, Bahia e Alagoas.

SS – E a sua pré-candidatura para o Governo do Estado como está?

JT – Sergipe, pela primeira vez, nunca teve uma eleição tão embolada e alguns pré-candidatos se encontram numa encruzilhadas.   As pessoas não têm compromisso com a política do bem, mas sim para eles. Dizem que estou indo para uma aventura, mas confio no nosso projeto, tenho pessoas preparadas comigo. E enxergo longe: acredito que se Valadares num grupamento, André Moura e Amorim em outro, e Belivaldo sozinho, temos chances reais de estarmos no segundo turno. Ninguém bota fé, porque eles pensam política no atacado.  Eles acham que fecham os acordões e vão colocar a turma rua e tudo certo.  A população do Brasil e Sergipe está com raiva do que está acontecendo. Das mentiras da gang do PT que acabou com o Brasil. Digo por experiência: nunca tive tanta dificuldade em minhas empresas como tenho hoje. A classe média está mal. A crise chegou para todos.

SS – E essa crise beneficia Bolsonaro?

JT – Por que Bolsonaro está na posição de liderança hoje?  Lula é passado e não vai preso porque vai pedir asilo numa embaixada e colocar a turma do PT para ficar enchendo o saco em Brasília, para criar um fato internacional.  Não acredito que ele terá o poder de transferência de voto. Uma pesquisa no Rio de Janeiro diz que 40% do eleitorado de Lula votam, hoje, em Bolsonaro.

SS – Seu primeiro ato, sendo eleito governador de Sergipe?

JT – O primeiro ato de qualquer pessoa é reduzir as secretarias, ficando somente com oito.  E vai incomodar as lideranças políticas.  No governo federal, veja o que aconteceu com o PTB. A proposta de Bolsonaro, também, é reduzir ministérios, e colocar técnicos.  Nós aqui vamos colocar técnicos sem pretensões políticas.

SS – Mas o senhor vai ter que compor com os deputados estaduais.

JT – Eu espero que as pessoas votem fechadas nos nossos candidatos. Mas independente disso, qual é a ideia? Peço o apoio na Alese, mas não vai ter secretaria. E sim chamar para trabalhar em prol do povo. Veja, a SMTT de Aracaju parece um culto evangélico, dominada por Pastor Heleno. André Moura parece o salvador de Sergipe, mas vou dizer uma coisa: em 2019, André não passa nem na porta do Palácio do Planalto, porque vai ter um presidente que não dará o mínimo de atenção a ele. A população de Sergipe tem que abraçar projetos novos como o nosso.

SS – O senhor defende uma mudança geral em Sergipe e no Brasil?

JT – O Brasil todo tem que fazer uma mudança, a começar pelos eleitores. O mesmo eleitor que chama o cidadão que critica quem está roubando lá em cima, é o mesmo que vende o voto por R$ 50 ou R$ 100. Outra coisa: menor de 16 anos faz de tudo, mas na hora que é pego no crime é considerado criança. Passa dois, três, quatro anos detido e sai marginal. É como ali fosse uma faculdade para ele. E Sergipe não é referência para nada.  Por essas coisas, acredito no nosso projeto para mudar tudo isso aí, com Bolsonaro na presidência da República e eu como governador de Sergipe em 2019.

 

 

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Um comentário

  1. Se ele será a melhor opção, ainda não sei, mas é certo que precisamos da renovação na política sergipana e brasileira.

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