sábado, 23/03/2024
Forró
Luciano Corrêa, presidente da Funcaju, abriu o Fórum

Fórum debate o mercado digital da música e Festival de Itaúna; Amorosa diz que esse pode ser o último ano nos palcos

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A experiência de 20 anos com o Festival Nacional Forró de Itaúnas e uma explanação de como está, atualmente, o mercado da música no Brasil. Estes temas dominaram a primeira etapa do XVII Fórum do Forró, hoje pela manhã, promovido pela Fundação Cultura Cidade de Aracaju (Funcaju). Durante o evento, a cantora Amorosa anunciou o seu desejo de deixar os palcos a partir do próximo ano, mas que não abandonará a música. “Precisamos passar o bastão”, disse para a plateia de músicos e produtos, no auditório do Sesc, no centro de Aracaju.

Coube ao presidente da Funcaju, jornalista Luciano Corrêa, mediar o debate entre Paulo Matos, idealizador do Forró de Itaúnas, e Paulo Vinicius Garcia, diretor da Gravadora Kuarup Discos. No Fórum, Paulo Matos contou a sua trajetória de vida e o momento em que começou a se interessar pelo forró. Ele começou a fazer o festival logo depois que se mudou para a Vila de Itaúnas, distrito de Conceição da Barra, no Espírito Santo. Ao longo destas duas décadas, ele conseguiu levar cantores de expressão nacional para o evento, com exceção de Fagner e Gilberto Gil.

Este ano o Festival Nacional Forró de Itaúnas completa 20 anos “revelando os talentos do forró pé de serra”, que ocorrerá entre os dias 16 a 23 de julho, a partir das 22 horas. Clique aqui, veja a programação completa e demais informações sobre o festival.

 

Mercado

O diretor de música da Gravadora Kuarup Discos, Paulo Vinicius Soares Garcia, alertou aos cantores sobre a necessidade deles se integrarem às novas plataformas digitais e, a partir daí, divulgarem seus trabalhos. “O forró tem que ser divulgado em todas as plataformas, buscar fazer sucesso neste mercado. Cabe cada um saber como inserir as músicas nas plataformas”, afirmou.

“Vocês músicos têm que sair postando suas apresentações. Um dia o Youtube começa a monetizá-los. Um dia você dorme pobre e acorda rico, porque uma música estourou em visualizações”, acrescentou Paulo Vinicius Garcia.

A provocação de Paulo Vinicius Garcia levou os participantes a sugerir à Funcaju que crie oficinas para aqueles músicos que necessitam de orientação para, literalmente, surfar nas plataformas digitais.

Vários cantores sergipanos se pronunciaram e até cantaram um pouco, como Joseane de Joza.

Mais debates

forum forró
Cleuza Lopez, da Tratore Distribuidora, palestrando agora à tarde

Para o presidente da Funcaju, Luciano Corrêa, o objetivo do Fórum é “manter o apoio, a divulgação e circulação da produção musical do forró. É o nosso produto musical mais típico. Por que o jazz, de Nova Orelans (EUA), é universal? Por que a música cubana é curtida em todo o mundo? O nosso forró é de qualidade, mas enfrenta muitas barreiras e não é tão universal quanto o jazz. Essas perguntas são o ponto de partida para o fórum deste ano”.

As discussões continuam acontecendo agora à tarde, com palestra de Anderson Fanta, produtor musical de São Paulo, e de Cleuza Lopez, da Tratore, distribuidora digital de música independente para plataformas digitais-SP). E às 18 horas, na praça General Valadão, um pocket show com Mestrinho e banda.

 

 

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