Por Germano Xavier (*) Comece a imaginar-se como sendo você um membro da armada marinha colombiana, prestes a embarcar de volta ao seu país, depois de passar os últimos oito meses na região de Mobile, Estados Unidos, esperando que o conserto do destroier de guerra em que você e todos os seus companheiros estavam fosse realizado. Ansioso pelo retorno, …
Leia Mais »Literatura&Afins
Sobre “Todas as coisas sem nome”, de Walther Moreira Santos
Por Germano Viana Xavier (*) Todas as coisas sem nome (2014) é o terceiro livro escrito por Whalter Moreira Santos que leio nesta vida. Antes dele, tive o prazer de ler Dentro da chuva amarela (2006) e O metal de que somos feitos (2013) – se procurar bem, você encontrará minhas impressões sobre esses dois últimos aqui na internet …
Leia Mais »De que metal somos feitos?
Por Germano Viana Xavier (*) Dia desses, fiz uma visita a um professor do curso de Psicologia da UFRPE/Campus Vitória de Santo Antão e quando, num rápido desenlace acerca do assunto principal de nossa conversa, começamos a flertar com o tema literatura, o professor me perguntou algo sobre o escritor Walther Moreira Santos, sujeito da referida localidade e que …
Leia Mais »Os versos grávidos de Maíra Ferreira
Por Germano Xavier(*) “os velhos que um dia seremos estão pedindo perdão” Excerto do poema face a face, de Maíra Ferreira Maíra Ferreira é o nome da poetisa que estreia sua inaugural fatalidade no mundo das palavras impressas. A PRIMEIRA MORTE é o nome do livro da poetisa e é também o nome do poema que abre seu livro …
Leia Mais »O monstro-criança de Mário Rodrigues
Por Germano Viana Xavier (*) O livro “Receita para se fazer um monstro” foi o vencedor do Prêmio Sesc de Literatura 2016 na categoria Contos. O compêndio do escritor e professor garanhuense Mário Rodrigues decerto que mais lembra – ou se confunde com – um romance aos moldes de um folhetim, já que os textos estão dispostos como cápsulas …
Leia Mais »A voz de Anna Akmátova (ou As emoções da razão)
Sim, os russos também sofrem. Os russos também confessam suas dores, seus amargores, seus dissabores. Os russos, apesar da sisudez e do aspecto aparentemente indiferente às coisas do coração e da alma, também comem do pão que o diabo amassa, diariamente, nos quatro cantos da Terra. Os russos, por fim, também sentem felicidade. E a literatura, mais uma vez funcionando …
Leia Mais »Os bichos somos todos nós
“(…) Doze vozes gritavam, cheias de ódio, e eram todos iguais. Não havia dúvida, agora, quanto ao que sucedera à fisionomia dos porcos. As criaturas de fora olhavam de um porco para um homem, de um homem para um porco e de um porco para um homem outra vez; mas já se tornara impossível distinguir, quem era homem, quem era …
Leia Mais »1968 – Um ano que eu queria ter vivido
Qual a diferença entre uma história escrita por alguém que realmente viveu a história que foi narrada em seu livro e uma história escrita por alguém que não viveu na pele a respectiva história que é narrada por suas mãos? Há quem diga que não há diferença alguma, que existem meios de o escritor desviar-se de possíveis entraves referentes a …
Leia Mais »A poesia do ascensorista
Literatura é um engajar-se, Sartre vociferava. Convenhamos: há algo de verdadeiro nisso. Mas até quando seria possível manter o punho da voz firme ao sentir que “o fracasso é que a língua perde/ritmo”, como escreve o Gabriel Resende Santos, nascido num Rio de Janeiro em maio de 1994. E se o ritmo está alquebrado, a vida inteira se desmonta. Destarte, …
Leia Mais »A casa dos poemas regidos a óleo e torque
CASA DAS MÁQUINAS, livro de estreia de Alexandre Guarnieri. Livro de poemas, um petardo diferenciado no rol do que já li. Um estudo poético sobre a maquinaria do mundo, com ou sem seus parafusos-fusos que apertam e afrouxam os nossos eixos de homem-humanidade, fator que pode ou não combustionar o rumo de todas as coisas. Poemas-válvula, poemas-rebite, poemas-cilindro, poemas-lâmpada, mecanophrenya …
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