terça-feira, 26/03/2024
Sede da FIES, em Aracaju

Mulheres deixam emprego para cuidar da família

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Uma em cada quatro mulheres deixa o emprego para cuidar dos filhos. Esse percentual é de 25% para aquelas que recebem até dois salários mínimos e diminui para 15% para aquelas que ganham mais de cinco salários. Esse número revela que as famílias com menor renda enfrentam dificuldades com o aparato doméstico, especialmente a falta de vagas em creches, um déficit de aproximadamente três milhões de crianças, de acordo com pesquisa nacional feita pelo Tribunal de Contas do Rio Grande do Sul em 2015.

Os dados são de um estudo realizado pela  Confederação Nacional da Indústria (CNI) sobre a inserção das mulheres no mercado de trabalho. O levantamento também mostra que,  apesar da equiparação quanto ao grau de instrução, as mulheres que trabalham são 61% perante 84% dos homens.

A jornalista Mariana deixou o emprego para cuidar da família
A jornalista Mariana deixou o emprego para cuidar de Mateus

Para a entidade, esse dado mostra que o país ainda não sabe aproveitar a totalidade do seu capital humano disponível, apesar da igualdade da educação entre os gêneros.  “Tive que abdicar dos textos para cuidar do Mateus, para poder formar um cidadão de bem em tempo integral”, afirma a jornalista Mariana Carvalho, mãe de Mateus de um ano e três meses.

Ainda de acordo com a CNI, o poder público deveria priorizar a criação de vagas para educação pública em tempo integral, para assim, permitir que as famílias de baixa renda possam conciliar a maternidade e o trabalho visando um maior desenvolvimento social do país. De acordo com pesquisa recente do Sindicato dos Trabalhadores da Educação Básica da rede Oficial do estado de Sergipe (Sintese), Aracaju tem um déficit de 90 creches, o que não destoa do panorama nacional.

Para essa crescente demanda, o Serviço Social da Indústria (SESI) tem três unidades em Sergipe que trabalham com a educação infantil. A unidade Sesinho, no bairro Industrial,  em Aracaju, que recentemente foi reformada e agora tem 750 alunos matriculados. Para o morador da cidade de Estância, a Escola Nossa Senhora de Guadalupe, que também engloba o ensino fundamental, aumentou em 30% o número de vagas em 2016.

Já em Santa Rosa de Lima, a população tem a Creche Maria Celi Prado de Oliveira que tem capacidade para atender 100 crianças com toda estrutura para atender a crescente demanda das mães trabalhadoras do estado.  As matrículas para esse ano estão encerradas, mas através do site www.se.sesi.org.br pode acompanhar o período de inscrição para 2017.

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