Por Heuller Roosewelt Silva Melo (*)
A plenitude da nossa sociedade depende intrinsecamente da valorização da sua matriz africana. Mais do que uma data no calendário, o 20 de novembro nos convida a observar como o ser brasileiro se engrandece ao abraçar sua ancestralidade, transformando herança de luta em potência criativa e econômica. Esse reconhecimento revela-se imperativo, pois, ao valorizar a população negra, fortalecemos o sentimento de pertencimento e projetamos a grandiosidade do nosso principal alicerce cultural.
Promover a Consciência Negra é exaltar a beleza, a inteligência e a resiliência que edificaram este país. É entender que combater o apagamento histórico capacita a comunidade a reconhecer a cultura negra não apenas como pauta ética, mas como ativo fundamental para o enriquecimento intelectual e o desenvolvimento nacional.
O indivíduo que reverencia a história de Zumbi, de Dandara e de tantos outros, transmite altivez às novas gerações e conscientiza seus pares sobre o valor de viver em uma sociedade plural. Assim, parafraseia-se a máxima: um povo que desconhece a luta de seus antepassados está condenado a não compreender a liberdade de sua própria identidade.
Em suma, a evolução do ser social está indissociavelmente ligada ao resgate e à celebração da nossa identidade multifacetada. Vincula-se intimamente ao respeito pela matriz africana e, consequentemente, à construção de um futuro mais equânime.
Não se importe com a origem ou a cor do seu semelhante
O quê que importa se ele é nordestino e você não?
O quê que importa se ele é preto e você é branco?
Aliás branco no Brasil é difícil, porque no Brasil somos todos mestiços
Se você discorda então olhe pra trás
Olhe a nossa história
Os nossos ancestrais
O Brasil colonial não era igual a Portugal
A raiz do meu país era multirracial
Tinha índio, branco, amarelo, preto
Nascemos da mistura então por que o preconceito?
Barrigas cresceram
O tempo passou…
Nasceram os brasileiros cada um com a sua cor
Uns com a pele clara outros mais escura
Mas todos viemos da mesma mistura
…
(Lavagem Cerebral – Gabriel O Pensador)
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