Por Cleomir Santos, Consultor de Marketing Digital (*)
Nos últimos anos, o marketing de influência ganhou força como uma das principais estratégias para marcas que buscam conexão genuína com seus públicos. Mas agora, uma nova tendência está transformando esse cenário: os influenciadores criados por inteligência artificial. Avatares digitais, desenvolvidos por empresas de tecnologia e agências, estão conquistando seguidores nas redes sociais e abrindo espaço em campanhas publicitárias de grandes marcas.
Oportunidades para marcas
Do ponto de vista das empresas, os influenciadores virtuais oferecem uma série de vantagens. Eles não têm limitações de tempo, podem estar disponíveis 24 horas por dia, não se envolvem em polêmicas pessoais e permitem controle total sobre a narrativa da marca. Além disso, tornam possível criar identidades hiper personalizadas, ajustadas para diferentes públicos e culturas, algo muito difícil de alcançar com influenciadores humanos.
Riscos e dilemas éticos
Apesar dos benefícios, essa tendência levanta questões importantes. Até que ponto o público aceita interagir com perfis que não têm uma vida real? A autenticidade, um dos maiores valores da influência digital, pode ser colocada em xeque. Outro ponto é a transparência: os seguidores precisam saber quando estão acompanhando uma criação digital, para não serem enganados. Além disso, o avanço dos influenciadores de IA levanta discussões sobre empregos e sobre o futuro dos criadores de conteúdo humanos.
O que esperar do futuro do marketing de influência
O mais provável é que não haja uma substituição total, mas sim uma convivência entre influenciadores humanos e digitais. Campanhas híbridas já começam a surgir, combinando a criatividade e emoção humanas com a consistência e personalização da inteligência artificial. Nesse cenário, o público será o verdadeiro juiz: se os seguidores se engajarem com avatares digitais, as marcas certamente investirão mais nesse caminho.
A ascensão dos influenciadores criados por IA abre novas perspectivas para o marketing, mas também exige reflexão. O desafio para as marcas será equilibrar tecnologia e autenticidade, aproveitando o melhor dos dois mundos.
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