Por Juliano César Souto (*)
A Cultura Ágil é um modelo de gestão orientado à velocidade, adaptação contínua e foco no valor entregue ao cliente. Embora nascida no mundo da tecnologia, ela se tornou um dos pilares mais relevantes da gestão moderna em setores como varejo, atacarejo, logística, serviços e distribuição. Antes de ser uma metodologia, a agilidade é uma mentalidade: uma forma de encarar a mudança não como ameaça, mas como oportunidade. Esse conceito, que muitas vezes parece distante da realidade de empresas brasileiras, torna-se visível em momentos de grande pressão operacional, como a Black Friday.
Black Friday: quando agilidade vira condição de sobrevivência
A Black Friday 2025 mostrou um dado revelador: as empresas que mais cresceram foram aquelas capazes de tomar decisões rápidas, ajustar preços diariamente, reconfigurar estoques em poucas horas e sincronizar logística, marketing e atendimento em tempo real. A data cria uma espécie de “campo de provas” para a Cultura Ágil.
O case MAGALU ilustra isso: empresa nacional, de origem familiar, que soube se reinventar e teve coragem para enfrentar as mudanças de mercado, competir com gigantes internacionais e atravessar a transformação digital — tornando-se uma das poucas grandes redes de eletro que continuaram relevantes e inovadoras.
O Magazine Luiza ajustou ofertas hora a hora, criando “mini sprints” ao longo do evento. Isso permitiu reagir à concorrência, testar combos, ajustar margens e reduzir estoques com inteligência. Esses resultados são sustentados por times autônomos, dados acessíveis e aprendizado rápido — pilares centrais da Cultura Ágil.
Lições para empresas familiares e regionais
O mundo não premia mais quem é grande; premia quem é rápido. Empresas familiares e regionais — como as que sustentam a economia de Sergipe — possuem vantagens naturais: menos burocracia, proximidade com o cliente e maior flexibilidade para implementar mudanças. Para capturar esses benefícios, é necessário incorporar princípios essenciais da Cultura Ágil:
- Começar pelo cliente, não pelo organograma.
- Trabalhar em ciclos curtos (sprints).
- Transparência radical para resolver problemas cedo.
- Autonomia com responsabilidade.
- Testar, errar pequeno e ajustar rápido.
Mensagem para o planejamento de 2026

A principal lição da agilidade é que o futuro não está pronto. Ele é construído por quem observa melhor, aprende rápido e age com proatividade. A Black Friday mostra que velocidade com direção é mais poderosa do que força com inércia. Renovar a cultura organizacional não exige grandes revoluções, mas pequenas decisões tomadas com coragem e repetidas com disciplina. Para qualquer empresa que queira crescer em 2026, especialmente as familiares e regionais, a pergunta decisiva é:
Estamos preparados para ser mais ágeis do que fomos ontem?
Se a resposta for “sim”, o próximo ciclo pode ser o mais próspero de todos.
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Referências consultadas:
- Metodologia ágil: veja dicas para implementar na média empresa
https://midfalconi.com/artigo/metodologia-agil/
- Governança vs agilidade: o desafio persiste
Como equilibrar capacidade de inovação, velocidade e burocracia em um mundo em transformação
- Como expandir o uso da metodologia ágil
Essa nova forma de trabalhar pode se tornar a norma de sua organização, mas isso exige um novo modelo operacional e uma nova liderança.
https://hsmmanagement.com.br/como-expandir-o-uso-da-metodologia-agil/
4.O Magalu nasceu PME e hoje vale bilhões. Livro traz lições da varejista
Fundador da consultoria Empreenda, César Souza lança a pré-venda nesta sexta, 20, “O Jeito de Ser Magalu”, sobre a história da varejista
Este é um trecho original publicado em Exame.com. Leia a matéria completa em https://classic.exame.com/pme/magalu-livro/?utm_source=copiaecola&utm_medium=compartilhamento
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