sábado, 20/04/2024
Celse
Vista aérea da Celse, Sergipe Foto: Ascom/Celse

Eneva compra a Celse, em Sergipe, por R$ 6,1 bi; veja a análise

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A Eneva assinou o contrato para aquisição da Centrais Elétricas de Sergipe Participações S.A (Celsepar) junto à New Fortress Energy e à Ebrasil. Pelo acordo, a companhia adquiriu 100% de participação na Usina Termelétrica Porto de Sergipe (1,593 GW), em Barra dos Coqueiros (SE), e garante acesso à infraestrutura de importação de gás natural liquefeito (GNL).

Como parte da transação, a Eneva incorpora ao portfólio, também, os direitos de expansão da termelétrica e 100% da Centrais Elétricas Barra dos Coqueiros S.A. (Cebarra) – o que representa uma carteira adicional de 3,2 GW de projetos de expansão adjacentes à usina.

A aquisição da Centrais Elétricas de Sergipe (Celse) representará uma expansão imediata de 66% na capacidade contratada de geração a gás natural da Eneva, para cerca de 3,9 GW. Além disso, garante acesso à infraestrutura de importação de gás, para os planos da empresa de se consolidar como uma comercializadora.

A ampliação do parque termelétrico a gás é um dos vetores de crescimento da empresa em seu plano estratégico, cuja direção é consolidar a Eneva como uma companhia integrada de energia. A companhia possui, hoje, 3,7 GW contratados, dos quais 2,34 GW são termelétricas a gás — o restante do parque é composto por usinas de energia solar e a carvão.

Análise

Uma potencial aquisição da Centrais Elétricas de Sergipe (Celse) pode representar uma expansão imediata de 66% na capacidade contratada de geração a gás natural da Eneva, para cerca de 3,9 GW. Além disso, garante acesso à infraestrutura de importação de gás, para os planos da empresa de se consolidar como uma comercializadora.

A ampliação do parque termelétrico a gás é um dos vetores de crescimento da empresa em seu plano estratégico, cuja direção é consolidar a Eneva como uma companhia integrada de energia.

A Eneva confirmou, nessa terça-feira (31/5), que assinou contrato de R$ 6,1 bilhões pela Celse — sociedade formada pela New Fortress Energy e EBrasil e que opera a termelétrica a gás natural Porto de Sergipe (1,551 GW).

A companhia possui, hoje, 3,7 GW contratados, dos quais 2,34 GW são termelétricas a gás — o restante do parque é composto por usinas de energia solar e a carvão.

Celse
Linha de transmissão

Com uma eventual aquisição da Celse, a geradora pode atingir uma capacidade contratada de 5,23 GW — dos quais cerca de 3,9 GW a gás natural. A usina Porto de Sergipe é a maior térmica a gás em atividade, hoje, no Brasil, de acordo com dados da Aneel.

A compra da termelétrica sergipana — abastecida por GNL importado — diversificará a forma como a companhia se posiciona na geração a gás. A Eneva opera, hoje, apenas projetos de termelétricas integradas à produção própria de gás em terra.

Este é o caso, por exemplo, do Complexo Parnaíba (MA), que reúne quatro usinas em operação e mais duas em construção — todas elas somam 1,9 GW e estão localizadas próximas aos campos de produção de gás operados pela empresa na Bacia do Parnaíba.

No campo de Azulão, na Bacia do Amazonas, a Eneva replicou o modelo e está construindo uma térmica de 295 MW próxima aos poços produtores. A empresa opera também uma térmica menor, a Jaguatirica II, de 141 MW — que, embora localizada em Boa Vista (RR), a mais de 1 mil km de distância de Azulão, é abastecida pela produção do campo.

A negociação para a aquisição da Celse não inclui a aquisição do terminal de GNL de Sergipe, que abastece a usina Porto de Sergipe, mas o ativo continuará afretado à termelétrica até 2044. Da capacidade total da planta de regaseificação, de 21 milhões de m3/dia, cerca de 6 milhões de m³/dia estão dedicados à usina.

Em nota, o presidente da Eneva, Pedro Zinner, afirmou que a aquisição da Celse é um “passo fundamental” para que a companhia tenha sua “primeira infraestrutura de hub de gás”.

“Assim, a aquisição garante à Eneva acesso a gás importado e infraestrutura com capacidade disponível que permite a gestão de flexibilidade de suprimento com confiabilidade, contribuindo adicionalmente para a expansão do segmento de comercialização de gás”, esclareceu a empresa, em fato relevante publicado na noite desta terça-feira (31/5).

Hoje, a planta de regaseificação está isolada da rede de gasodutos, mas a Transportadora Associada de Gás (TAG) tem planos de interligar o ativo à sua malha de transporte.

Isso significa, no futuro, que a termelétrica da Celse poderá ser abastecida não só por GNL, mas também pelo gás nacional. A Eneva, vale lembrar, tem planos de se consolidar como uma empresa verticalizada, com atuação na produção, comercialização e geração a gás. A companhia mira, inclusive, a aquisição de campos maduros da Petrobras na Bahia.

Fonte: Epbr

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