segunda-feira, 15/04/2024
Homicídios dolosos recuam, enquanto a Covid-19 avança em Sergipe

Em quase um ano, Covid-19 matou cinco vezes mais que homicídios em Sergipe

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De 2 de abril de 2020 a 28 de março de 2021, 702 pessoas foram assassinadas em Sergipe, enquanto que no mesmo período, segundo dados da Secretaria de Estado da Saúde, 3.432 pessoas perderam a vida em decorrência da Covid-19. Ou seja, o número de mortos pela Covid-19 é cinco vezes maior que a quantidade de homicídios em todo o Estado. O levantamento foi feito pela Coordenadoria de Estatística e Análise Criminal (CEACrim), da Secretaria da Segurança Pública (SSP).

Os dados da CEACrim mostram ainda que, levando em consideração a população total de Sergipe, estimada em 2.318.822 pessoas, a taxa de homicídios é de 30,3. No entanto, quando verificada a taxa de mortes pela Covid-19, esse número salta para 148. O coordenador da CEACrim, Sidney Teles, explicou que a taxa é calculada por 100 mil habitantes.

“Com os 2,3 milhões de habitantes, pegamos o número de mortes e tivemos em torno de 148 mortes a cada 100 mil habitantes pela Covid-19. E a taxa de homicídios, é de 30,3 mortes a cada 100 mil habitantes. O número é quase cinco vezes maior. Quando vemos apenas o número, não conseguimos entender a dimensão da Covid-19, mas quando comparamos com um crime que nos assusta, percebemos que o impacto do coronavírus é muito maior. Pedimos a compreensão de todos e utilizamos esse comparativo como forma de conscientização da população”, reforçou.

O secretário da segurança pública, João Eloy de Menezes, destacou que os dados não são apenas números, mas sim pessoas que perderam a vida para um inimigo invisível.  “Chegamos, infelizmente, a esses números. A Covid-19 é real e está circulando em todos os locais do país. Não há distinção de idade, raça, sexo, condição de saúde. São filhos, pais, mães, avós, que perderam suas vidas para o coronavírus. E o que a CEACrim levantou é extremamente alarmante. Estamos perdendo muito mais vidas para a Covid-19, que pode ser evitada com máscaras, álcool em gel, distanciamento e respeito às medidas sanitárias, do que para criminosos em posse de armas de fogo, por exemplo. Perdemos mais vidas para Covid-19 do que pelo tráfico de drogas, roubos e outros crimes”, evidenciou.

João Eloy de Menezes relembrou que, embora já esteja ocorrendo a campanha nacional de imunização contra a Covid-19, ainda há muito o que se fazer até que a população brasileira possa voltar à normalidade de suas atividades em todo o Brasil. “Estamos vacinando? Sim. Mas ainda falta muito até atingirmos toda a população. Em Sergipe não é diferente. As autoridades de saúde estão focadas nessa imunização, mas, até o momento, o que podemos fazer é nos cuidarmos, cuidarmos de todos, da coletividade. São gestos simples que podem salvar vidas”, reiterou.

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