quarta-feira, 08/05/2024
Obra busca orientar políticas públicas com medidas que diminuam a expansão da doença Foto: ASN

Especialista da Saúde, Ana Denise Santana de Oliveira, lança livro sobre a esquistossomose em Sergipe

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A bióloga, lotada na Vigilância Epidemiológica, na área técnica da esquistossomose da Secretaria de Estado da Saúde, Ana Denise Santana de Oliveira, publicou o livro intitulado ‘A Vigilância em Saúde da Esquistossomose no Estado de Sergipe’. A obra surgiu de um artigo chamado ‘Challenges in schistosomiasis control in Sergipe, Brazil: from 2013 to 2018’, e se tornou referência nacional e internacional. A construção do livro se deu observando os objetivos da Vigilância Epidemiológica, para assim, reduzir a ocorrência de formas graves e óbitos, diminuir a prevalência da infecção e orientar com medidas que diminuam a expansão da doença.

Ana Denise Santana de Oliveira, é graduada em ciências biológicas (licenciatura e bacharelado), pela Universidade Federal de Sergipe (UFS), com especialização em gestão em Saúde Pública e da Família pela Fanese, e possui mestrado em Biologia Parasitária pela UFS.

“Nunca pensei em publicar um livro, mas sempre quis divulgar dados que fazem parte do meu dia a dia profissional, uma vez que amo trabalhar com saúde pública. Desde que iniciei no Programa de Controle da Esquistossomose (PCE), fiz vários questionamentos sobre o termo ‘doenças negligenciadas’, pois nenhuma doença deveria ser assim considerada. Com muito estudo, no nosso livro, buscamos explicar as problemáticas sobre o assunto e como podemos orientar nas ações que auxiliam nas tomadas de decisões para controle da endemia”, explicou.

O livro traz dados sobre a esquistossomose entre os anos de 2013 a 2018, e foi referência para dois projetos internacionais e dois nacionais. “Estou feliz que a partir do meu objeto de estudo, surgiram outros trabalhos que podem servir de suporte nas ações de controle da doença. A segunda edição, sairá em breve, com dados atualizados de 2019 a 2022, analisando os números da esquistossomose no período da pandemia”, frisou a bióloga.

A SES possui o Programa de Controle para a busca do paciente (busca ativa). O Sistema de Informação dos dados fornece, de forma gratuita, insumos para realização de exames e tratamento para toda a população de Sergipe.

Esquistossomose

A esquistossomose é uma doença parasitária, causada pelo Schistosoma mansoni. A pessoa adquire a infecção quando entra em contato com a água doce infectada pelos vermes. Quando não há um saneamento adequado, os ovos dos parasitas eclodem e liberam larvas que encontram os hospedeiros intermediários que são os caramujos. Estes, por sua vez, liberam larvas que infectam as águas consumidas pelo homem. A infecção se dá pela pele ou mucosas. Por isso a importância do saneamento básico adequado.

A doença tem uma fase aguda e outra crônica. Na fase aguda, pode apresentar manifestações clínicas como coceiras e dermatites, febre, inapetência, tosse, diarreia, enjoos, vômitos e emagrecimento. Na fase crônica, geralmente assintomática, há episódios de diarréia que podem alternar-se com períodos de prisão de ventre, podendo evoluir para um quadro mais grave com aumento do fígado e cirrose, aumento do baço e hemorragias provocadas por rompimento de veias do esôfago. A chamada barriga d’água ocorre quando o abdômen fica dilatado e saliente porque escapa plasma do sangue.

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