quinta-feira, 20/11/2025
vínculo humano
Ambientes maduros acolhem o debate — sem medo de perder o vínculo humano

Dissenso sim, conflito não: um fio de reflexões sobre negociação

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Juliano César Souto (*)

 

Chamado à coragem e maturidade em todos os campos da vida

 

Nos últimos anos, tenho refletido sobre a importância da negociação em diferentes dimensões da vida: empresarial, social, política e familiar. Em tempos de polarização, uma ideia se mostra essencial: dissenso e conflito não são a mesma coisa. O primeiro é fonte de inovação e crescimento; o segundo, quando não administrado, corrói relações e paralisa decisões.

Reuni aqui reflexões próprias — no âmbito da série Cultura Empresarial — e de autores de referência, para costurar aprendizados e convidar à leitura completa de cada um.

 

Dissenso sim, conflito não

“O dissenso é saudável, o conflito é corrosivo.”

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A primeira distinção é conceitual: dissenso é saudável, conflito é destrutivo. Divergências bem conduzidas enriquecem o debate, enquanto choques de ego drenam energia.

Conclusão: Precisamos criar ambientes que incentivem divergências construtivas sem medo de rupturas pessoais.

 

Negociar é construir pontes

“Negociar não é vencer ou perder, é construir pontes.”

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Negociar não é um duelo de vencedores e vencidos, mas um processo de construção de pontes. Inspirado por William Ury, destaco que a escuta ativa e o foco no interesse comum são alicerces de acordos duradouros.

Conclusão: A negociação bem-sucedida começa pela capacidade de escutar, não pela pressa de responder.

 

Negociação e acolhimento institucional

“Acolher divergências não enfraquece a empresa, fortalece os consensos.”

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Defendo aqui que empresas precisam criar espaços seguros e estruturados para que divergências não sejam vistas como ameaças, mas como parte do tecido organizacional.

Conclusão: Acolher divergências transforma o dissenso em crescimento coletivo.

 

Negociação em tempos de crise

“Na crise, o maior risco não é o confronto, é a omissão.”

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Em momentos de instabilidade, a negociação deixa de ser apenas uma habilidade — torna-se uma necessidade. O risco não está só no confronto aberto, mas também na omissão diante do problema.

Conclusão: Quando líderes se omitem, perdem a chance de transformar crises em oportunidades.

 

Seis passos para uma negociação bem-sucedida

“Negociar é método: planejar, persistir e construir etapas rumo ao acordo.”

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A reconciliação entre Abílio Diniz e Casino é um exemplo vivo de como negociações complexas podem ser bem-sucedidas quando estruturadas em etapas claras.

Conclusão: Planejamento, paciência e método são indispensáveis em negociações de alto impacto.

 

William Ury e o clássico Como chegar ao sim

“Negociar não é ceder, é criar soluções de ganho mútuo.”

Leia o artigo completo clicando aqui 

Entrevista com WIlliam Ury no SXSW:

https://www.williamury.com/sxsw-2024-interview-with-william-ury/ 

O livro que marcou gerações de negociadores lembra: não se trata de ceder ou vencer, mas de buscar resultados de ganho mútuo.

Conclusão: A negociação eficiente substitui a lógica da concessão pela lógica da criação conjunta.

 

Negociar e fazer amigos

“Mais do que fechar negócios, é abrir caminhos de amizade e confiança.”

Leia o artigo completo:

https://docs.google.com/document/d/1sSY42FkCkdpaAsY2BDX2u6pg7LdJGLAvV2Zw-UT4l_E/edit?usp=drivesdk 

A tônica da vida de Raymundo Juliano foi simples e poderosa: negociar é criar vínculos e construir amizades. Esse ensinamento, transmitido com exemplo e coerência, transcendeu  os negócios e se tornou um valor de vida. Negociar, para ele, nunca foi apenas buscar vantagens comerciais, mas promover confiança, respeito e reciprocidade. Esse é o maior legado que deixou à família, aos sócios, colaboradores, clientes e amigos.

Conclusão: Raymundo Juliano nos ensinou  que resultados duradouros só se sustentam quando baseados em relações humanas verdadeiras.

 

Um fio condutor

Ao costurar essas reflexões, fica claro o caminho: aprender a negociar diferenças e transformar tensões inevitáveis em oportunidades de construção coletiva.

  • Dissenso sim → deve ser estimulado, divergências são a base da inovação.
  • Conflito não → quando não administrado, desgasta e paralisa.
  • Omissão jamais → deve ser evitada;  o silêncio diante de decisões importantes é tão nocivo quanto o confronto aberto.

Negociar é, no fundo, um ato de coragem e maturidade: coragem para sustentar posições e maturidade para ouvir e construir pontes. É também a forma mais fiel de honrar o legado que inspira tantas trajetórias — “Negociar e fazer amigos”.

Este é o convite: que possamos aprender a negociar diferenças e transformar tensões inevitáveis em oportunidades de construção coletiva.

 

Versão Enxuta – LinkedIn

Dissenso SIM, Conflito NÃO, Omissão JAMAIS.

Nos últimos meses, reuni algumas reflexões sobre negociação em tempos de polarização. Eis algumas lições:

1. Dissenso X Conflito: divergências enriquecem, conflitos destroem;
2. Construir Pontes: escutar é mais importante que responder;
3. Acolhimento Institucional: divergências podem gerar crescimento coletivo;
4. Negociação em Crise: o risco maior não é o confronto, mas a omissão;
5. Seis passos de sucesso: planejamento e método fazem diferença;
6. Como chegar ao Sim: negociar é criar, não apenas ceder.

Conclusão: estimule o dissenso, administre o conflito e evite a omissão. Negociar diferenças é um exercício de coragem e maturidade — e pode transformar tensões em oportunidades de construção coletiva.

 

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Sobre Juliano César Faria Souto

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Estanciano, 61 anos, Administrador de Empresas graduado pela Faculdade de Administração de Brasília, com MBA em Gestão Empresarial pela FGV. Atua como sócio-administrador da FASOUTO, empresa do setor atacadista distribuidor e autosserviço.

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