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Animais Fantásticos: a imaginação não tem limites

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Aline Laranjeira (*)

Neste spin-off da saga Harry Potter encontramos Newt Scamander, um inglês magizoologista recém-chegado a Nova York, dono de um olhar sereno e discreto, que sai em busca de um raro animal, a fim de ampliar seus estudos e acumular mais uma criatura fantástica para sua coleção. Entretanto, a sua face discreta e quase invisível é perturbada por levar consigo uma mala repleta de criaturas extremamente esnobadas e menosprezadas pelo mundo mágico, gerando uma sucessão de acontecimentos, os quais conduzem Scamander a grandes aventuras.

Apesar do ator principal Eddie Redmayne (Newt) trazer consigo alguns trejeitos típicos e já conhecidos em outros filmes interpretados por ele – A Teoria de Tudo e Garota Dinamarquesa-, sua atuação obtém êxito ao manter o personagem envolvente, possibilitando um maior encantamento pelo enredo. Ainda que algumas cenas do filme demonstrem certa previsibilidade, a história não perde o fio condutor e o cineasta David Yates, o mesmo das últimas franquias de Harry Potter, dirige logicamente o que se passa no universo mágico, não permitindo a presença de furos na mensagem transmitida.

A fotografia e cenografia remontam a década de 1920-1930 e o figurino, de modo geral, não deixa a desejar, já que é possível visualizar de maneira fiel as tendências da época, a incluir a banda sonora e maquiagem. Os efeitos visuais são o ponto forte desta trama. Os animais fantásticos tornam-se os principais protagonistas do enredo, principalmente ao descobrirmos a grandiosidade e o potencial daquelas criaturas, as quais, apesar de cometerem diversas peripécias, possuem talentos e atitudes, muitas vezes, humanizadas, demonstrando o quanto são dignas de atenção e cuidado.

Além de possuir uma bela estética, Animais Fantásticos nos transfigura para uma história em que os pilares da amizade são postos em voga. Proteção, amor e dedicação são as qualidades que envolvem Newt Scamander, Jacob (o aspirante a Padeiro), Tina (funcionária do Congresso Mágico dos EUA) e sua irmã, comprovando, portanto, que esse é um filme merecedor de um grande público não apenas por valorizar a essência do que fora Harry Potter e sua turma, mas, também por ser um espetáculo visual que transcende as proporções da imaginação.

(*)  Crítica de cinema

 

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Antônio Carlos Garcia

CEO do Só Sergipe

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