O presidente da Federação dos Empregados no Comércio e Serviços de Sergipe (Fecomse), Ronildo Almeida, demonstra preocupação com a flexibilização de mais algumas atividades do comércio que poderá ocorrer a partir de segunda-feira, 8, com um novo decreto do governador do Estado, Belivaldo Chagas.
Esse tema fez parte das discussões do projeto de retomada da economia apresentado pelo governador em reunião entre entidades e Executivo estadual, ocorrida na quinta-feira, 4. Durante a reunião, o dirigente sindical falou que a proposta dos trabalhadores é o lockdown, em Aracaju, devido ao aumento dos casos ocorrido nas duas últimas semanas.
“Entendemos a preocupação com a retomada da economia, também compartilhamos dessa preocupação, mas acreditamos que o momento agora, acima de tudo, é o de priorizar e cuidar das vidas dos trabalhadores, porque são eles que estarão na linha de frente na retomada das atividades”, pondera Romildo Almeida.
O presidente da Fecomse sugere que, ao descartar o lockdown, como ocorre até momento, o Governo de Sergipe pelo menos não amplie o número de segmentos do comércio que poderão ser abertos com o novo decreto.
“O governador Belivaldo Chagas disse estar aberto a ouvir os diversos segmentos e até o momento tem resistido à pressão para flexibilizar as atividades. Esperamos que continue seguindo as determinações técnicas e científicas, como ele mesmo deixou claro na reunião, e priorize as vidas dos sergipanos”, argumenta Ronildo Almeida.
O dirigente sindical alerta que atualmente é possível registrar o descumprimento aos decretos anteriores, com abertura de setores do comércio, especialmente no centro da capital, que estão proibidos de funcionar. “É preciso que se fiscalize esse tipo de comportamento irresponsável e ilegal”, avalia Almeida, que também denuncia a questão do transporte público lotado – situação enfrentada pelos trabalhadores – como fator de risco para disseminação do vírus.
“O número de mortos e contaminados cresce a níveis assustadores em Sergipe, principalmente na Grande Aracaju, e no Brasil em geral, especialmente nestas duas últimas semanas. Inclusive, há um aumento significativo nos casos de contaminação dos trabalhadores do comércio que atuam em serviços essenciais, a exemplo do segmento de supermercados. Esta é a preocupação da classe trabalhadora”, avalia Ronildo Almeida.
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