Negócios

Sergipe tem a quarta maior taxa de desemprego do País

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O Estado de Sergipe tem a quarta maior taxa de desemprego do país, com 167 mil sergipanos à procura de uma oportunidade no mercado de trabalho, no segundo semestre deste ano, uma taxa de 15,30%. O levantamento é do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Sócio Econômicos (Dieese), com base na PNAD (Pesquisa Nacional por Amostra Domiciliar), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística ((IBGE). Para o economista do Dieese, Luiz Moura, “é muito grave a situação do desemprego em nosso Estado”.

À frente de Sergipe, as maiores taxas de desemprego do país estão na Bahia (17,3%), Amapá (16,9%) e Pernambuco (16,0%).  Este ranking negativo revela, ainda, números nada animadores em Sergipe, como mostra a PNAD: 151 mil sergipanos estão ocupados no setor privado, sem carteira assinada; 248 mil trabalham por conta própria; 481 mil têm a força de trabalho subutilizada e apenas 60,50% dos sergipanos ocupados no setor privado têm carteira de trabalho assinada.

O que preocupa mais ainda o economista Luiz Moura é a MP da Liberdade Econômica que vai precarizar os poucos empregos a serem gerados.  “Nesse sentido, na reforma trabalhista e na MP da Liberdade Econômica, que originalmente era para desburocratizar a abertura de empresas, os deputados aprovaram um texto que, praticamente, fez uma nova reforma trabalhista”.

Leia também: Economista e deputado dizem que a MP não pode escravizar trabalhadores

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“Podemos ter uma tendência de aumento de precarização do trabalho no Brasil. Em Sergipe, temos hoje um número crescente de pessoas sem carteira assinada; outro de pessoas trabalhando por conta própria, os subutilizados, atuando em tempo parcial”, completou o economista.

Agravar

Na visão do economista, caso  a MP da Liberdade Econômica que passou no Congresso, venha a ser aprovada no Senado, essa situação vai se agravar. “Essa MP flexibiliza ainda mais a contratação, ao estipular que só as empresas com até 20 empregos não terão obrigação de livro de ponto. Na prática, além de trabalharem além da jornada e não receber hora extra, as pessoas não terão como reclamar para não perderem a única oportunidade de estarem no mercado de trabalho”, acredita.

O economista elogiou o deputado federal João Daniel (PT) que foi o único parlamentar sergipano que votou contra a MP. “Surpreendeu-me, o deputado Fábio Henrique votar a favor da MP”, criticou Moura.

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Antonio Carlos Garcia

Editor do Portal Só Sergipe

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