Luiz Moura, do Dieese: “As regiões mais pobres ficarão ainda mais carentes de serviços financeiros”
O Estado de Sergipe tem a segunda maior taxa de desocupação do país, com 20,3%, no terceiro trimestre deste ano, o que significa que 198 mil pessoas estão desempregadas. Além de Sergipe, as maiores taxas foram na Bahia (20,7%), Alagoas (20,0%) e Rio de Janeiro (19,1%). Esses dados são da Pesquisa Nacional por Amostragem Domiciliar (PNAD Contínua) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgados hoje, 27, pela manhã. No total, o Brasil tem 14,1 milhões de pessoas desempregadas.
“Temos de concreto o desemprego aumentando no país e não poderia ser diferente, principalmente nas regiões mais pobres, como Sergipe, Bahia e Alagoas”, observa o economista do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Sócios Econômicos (Dieese), Luís Moura. Ele destaca que, mesmo em Santa Catarina, que tinha 4% chegou a 6,6%.
Segundo o economista, o crescimento do desemprego no país já era esperado, principalmente, em virtude de toda a situação, “mas não nessa dimensão”. De acordo com Moura, “estamos falando de pessoas que procuraram emprego e não conseguiram. A taxa de desocupação reflete isso”, cujas expectativas para 2021 não são nada animadoras. “O desemprego pode dobrar muito mais”, diz.
A situação tende a piorar, ainda mais, com o fim do auxílio emergencial em janeiro. “Se não for descoberta uma vacina que seja eficaz e tenha distribuição regulada, o ano de 2021 pode repetir, ainda pior, o ano de 2020”, ressaltou o economista.
Contradições
Luís Moura alertou que saíram dois números contraditórios no país sobre emprego. O primeiro foi o levantamento do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) que mostrou uma visão otimista da geração de emprego, sendo mais de 300 mil no país, sendo que 3.500 deles em Sergipe. “O Caged reflete o emprego formal, mas estamos com problemas por conta da pandemia e de uma série de fatores que influenciaram na informação desses dados. O Caged não está refletindo, até o momento, a realidade do emprego no país”, afirmou.
“Entendo que o Ministério da Economia deveria explicar melhor os números do Caged, porque ele pode estar dando uma falsa informação ou não verdadeira. Porque a contabilização dos empregos formais, o ministério admite em nota técnica, está com problema. Todas as estatísticas do ano de 2020 terão que ser revisadas, porque têm problemas de coleta. Não é mais a coleta presencial. Tem uma série de fatores que estão colocando em xeque a informação”, assegurou o economista do Dieese.
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