Vacinação na Escola João Paulo II Fotos: Sérgio Silva
A poliomielite é uma doença incapacitante e que pode matar, no entanto é possível se proteger, pois há vacina contra o vírus causador da pólio. Na capital sergipana, a Prefeitura de Aracaju, por meio da Secretaria Municipal da Saúde (SMS), disponibiliza o imunizante em todas as Unidades Básicas de Saúde (UBSs) da cidade.
Mas, para além dessa oferta abrangente, de modo a ampliar a cobertura vacinal da população contra essa doença, o Ministério da Saúde prorrogou a campanha de imunização até o dia 30 de setembro e Aracaju passou a disponibilizar o imunizante nas creches e escolas da capital, assim como nos três shoppings durante os sábados, paraas crianças menores de 5 anos, público-alvo da vacinação.
Embora a última vez que o Brasil tenha registrado um caso de poliomielite tenha sido 1989, o que fez com a que a Organização Mundial da Saúde (OMS) tenha reconhecido a erradicação da doença no país em 1994, o risco do retorno da “paralisia infantil”, como também é conhecida é cada vez maior, uma vez que, desde 2016, a cobertura está muito longe dos 95% da população, como é necessário.
Desta forma, destaca a secretária da Saúde de Aracaju, se torna urgente que as taxas de imunização voltem a crescer no país e, para isso, a Prefeitura tem dedicado esforços e lançado estratégias para facilitar o acesso da população ao imunizante e garantir o sucesso da campanha nacional de vacinação contra pólio.
“Se o índice de cobertura de vacinação continuar tão baixo quanto está hoje, em 69%, muito longe do ideal de 95% ou mais existe o risco de retorno da doença. A vacina disponível pelo SUS, gratuita e acessível, é altamente eficaz e o efeito de imunização não atinge somente um único indivíduo, mas é importante para a proteção coletiva também”, ressalta a gestora.
A secretária salienta ainda que cerca de 16 mil crianças precisam ser vacinadas para Aracaju atingir a meta de 95% de cobertura vacinal. “Então, os pais precisam criar consciência e levar seus filhos. É preciso reforçar que o esforço para proteger nossas crianças deve ser mútuo. Por isso é importante que os responsáveis proporcionem essa proteção para que, com isso, possamos evitar que essa doença volte a acometer nossas crianças”, frisa Waneska.
A poliomielite é uma doença altamente contagiosa, que atinge principalmente crianças menores de 5 anos, que vivem em alta vulnerabilidade social, em locais onde não há ratamento de água e esgoto adequado. “O poliovírus é transmitido de pessoa para pessoa por via fecal-oral ou por água ou alimentos contaminados, e também de forma oral-oral, por meio de gotículas expelidas ao falar, tossir ou espirrar. O vírus ataca o intestino, mas pode chegar ao sistema nervoso e provocar paralisia irreversível em membros como as pernas, e também dos músculos respiratórios, levando o paciente à morte. A poliomielite não tem cura. A prevenção é feita com a vacina”, reforça a diretora de Vigilância e Atenção em Saúde de Aracaju, Taíse Cavalcante.
Todas as 45 Unidades Básicas de Saúde da capital disponibilizam a vacina contra a pólio, de segunda a sexta-feira, das 8h às 16h. O imunizante também é oferta nos pontos instalados nos três shoppings de Aracaju, de segunda a sexta-feira, das 10h às 17h, e aos sábados, das 10h às 16h.
Para receber a vacina basta apresentar o cartão de vacinação, documento da criança com foto e comprovante de residência de Aracaju. Crianças menores de 1 ano serão vacinadas de acordo com a situação vacinal.
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