Secretário municipal de Desenvolvimento Econômico e Inovação, Dilermando Júnior Foto: Antônio Carlos Garcia
Por Antônio Carlos Garcia (*)
Com base em uma pesquisa do Observatório Econômico de Aracaju, a Prefeitura quer incentivar a chegada de novas empresas ao centro da cidade e, como uma das primeiras medidas práticas, prepara também a implantação de um escritório coworking público destinado a empreendedores MEI. A iniciativa integra o conjunto de ações construídas a partir do censo realizado no Centro Comercial, que mapeou seis setores distintos e revelou múltiplas demandas de segurança, mobilidade, infraestrutura, ocupação e sobrevivência do comércio local.
O secretário municipal de Desenvolvimento Econômico e Inovação, Dilermando Júnior, explica que o observatório permitirá acompanhar o que era, o que é e o que se pretende para a região central da capital, orientando políticas públicas capazes de reverter o esvaziamento populacional e empresarial.
“Realizamos o censo do centro da cidade, onde conseguimos mapear seis setores, cada um com sua particularidade. Um pede segurança, outro pede mobilidade, outro infraestrutura. A importância de o observatório ter chegado junto com esses números é analisar o que era, o que é e o que esperamos”, afirmou.
Segundo ele, parte do quadrilátero compreendido entre as ruas José de Faro, Barão de Maruim, Arauá e Rua da Frente já se encontra “totalmente despovoado”, tanto de moradores quanto de empresas. Com imóveis vazios e inadimplência de Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) crescente, o risco é de que o esvaziamento avance, atingindo o bairro São José.
“Antes que isso aconteça, estamos movimentando todas as secretarias, por determinação da prefeita Emília Correa, para trazer soluções concretas. A rua Pacatuba já foi um shopping a céu aberto e hoje tem uma ou duas lojas resistindo. Antes que feche por completo, precisamos instituir políticas públicas para fazer o comércio e as residências voltarem ao centro.”
Uma das estratégias será oferecer incentivos a empreendedores interessados em investir no quadrilátero central. O secretário cita o exemplo de um empresário que queira construir duas torres com centro comercial no térreo: “Vamos sentar com esse empresário e ver de que forma a gente pode ajudá-lo, trazendo talvez isenção de IPTU, isenção de Imposto sobre serviços (ISS) ao longo de um tempo, para que se torne viável e volte o foco para o centro.”
O Observatório Econômico deve expandir a metodologia para outros bairros. A prefeitura já entrou com pedido de emenda parlamentar para financiar novos levantamentos.
“A Farolândia hoje possui 41 mil moradores, mais do que muitas cidades de Sergipe, e tem um comércio muito forte. O Siqueira Campos também. Precisamos entender essas zonas para não perder investimentos para o centro”, explicou.
A Secretaria de Desenvolvimento abriu um chamamento público para o portal Empreender Mais, que funcionará como plataforma de capacitação e serviço para MEIs. O portal permitirá emissão de notas fiscais e guias, além de automatizar cobranças com chatbot.
“Um cidadão compra comigo e pede 10 dias para pagar. No nono dia, o chatbot vai mandar: ‘Amanhã vence, segue o Pix’. Estamos oferecendo suporte para o pequeno empreender e crescer”, explicou.
Outro projeto já garantido por emenda parlamentar é a Escola do Empreendedor, prevista para começar no próximo ano. “Onde é que você vê uma escola para ensinar alguém a ser empresário? Não existe. Queremos dar suporte para que se desenvolvam e agreguem valor ao seu trabalho.”
Uma das principais novidades será o coworking público para MEIs, autônomos e pequenos empreendedores que não têm local para atender clientes ou acessar internet de qualidade. O espaço será instalado no centro da cidade.
“Só não garanto 100% porque o contrato ainda não está assinado, mas toda a documentação foi entregue e está sendo analisada pela Procuradoria Geral do Município (PGM). Muito em breve vamos assinar a locação para oferecer essa vantagem ao MEI e ao autônomo”, disse.
O uso do coworking seguirá regras: o empreendedor precisará ser MEI formalizado, estar em dia com o ISS e cadastrado na prefeitura.
O Observatório Econômico de Aracaju foi oficialmente lançado no dia 6 de outubro de 2025, durante cerimônia no Centro Administrativo Prefeito Aloísio Campos. A pesquisa que fundamenta as primeiras ações do órgão é o Censo do Centro Comercial de Aracaju, realizado in loco e abrangendo 7.489 imóveis distribuídos em seis setores estratégicos da área central.
O levantamento cobriu 83 quadras e as principais vias comerciais, com metodologia baseada em visitas presenciais, entrevistas estruturadas e registro fotográfico para mapear a ocupação, perfil econômico e situação dos imóveis.
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