Segurança Pública

Violência obriga professor a mudar de escola

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O professor Geovan vai procurar a Seed para ser ressarcido dos prejuízos

O professor de História, Geovan Hormindo dos Santos, que no dia 1º de novembro, teve os quatro pneus do carro cortados no estacionamento da Escola João Batista Nascimento, no Marcos Freire II,  foi obrigado a mudar de estabelecimento para continuar trabalhando e arcar com o prejuízo de R$ 1.400,00 na compra de pneus novos. Ele lamentou não ter recebido nenhum apoio do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado de Sergipe (Sintese) e luta para ser ressarcido pelo Estado.

“Registrei num boletim de ocorrência e vou encaminhar um requerimento à Secretaria de Estado da Educação (SEED)”, disse o professor, que agora leciona na Escola Zizinha Guimarães, no município de Laranjeiras. Ele conta que dias depois de ter comprado pneus novos para o carro, pessoas foram vistas por alunos do estabelecimento tentando causar mais prejuízos ao professor.

“Eu não tive alternativa, a não ser pedir transferência”, afirmou o professor que culpa o Sintese pela pouca divulgação que o fato teve. Tanto, que dias depois divulgou uma nota nas redes sociais afirmando que o sindicato é “comandado por pessoas indecentes” e que usou seu nome de forma indevida, “afirmando que eu não tinha interesse em divulgar o atentado que ocorreu comigo”.

Estranheza – O  Sintese divulgou uma nota informando que o posicionamento do professor Geovan Hormindo “causou estranheza” e que lhe deu todo apoio ao tomar conhecimento de que os pneus do carro do profissional tinham sido perfurado. Leia, a seguir, na íntegra,  o posicionamento do sindicato.

“Causou estranheza à direção do SINTESE a mensagem publicada através aplicativo de mensagens instantâneas pelo professor Geovan Hormindo dos Santos sobre a ação do sindicato a partir do acontecido com ele no último dia 01 de novembro na Escola Estadual João Batista Nascimento no conjunto Marcos Freire II.

Ao saber do ocorrido (o carro do professor teve os quatro pneus perfurados), o SINTESE através do vice-presidente, professor Roberto Silva dos Santos, entrou em contato com Geovan e colocou-se a disposição do filiado a ajuda-lo no que coubesse ao sindicato atuar. O que seria, nesta situação, buscar junto a Diretoria Regional de Educação 08 – DRE 8 a remoção para outra unidade de ensino (na garantia da segurança do educador).

O professor Roberto entrou em contato com a diretora da DRE’8, Marileide Cruz de Araújo que ao saber da situação informou ao vice-presidente do sindicato que tomaria os encaminhamentos devidos.

Sobre a TV Atalaia, em nenhum momento o sindicato cerceou a produção da matéria, o que foi informado a produção é que o sindicato não se pronunciaria sobre o assunto, pois aguardava uma ação da Secretaria de Estado da Educação.

Além disso, o sindicato participou também de uma reunião na última segunda, dia 05, na escola com a diretora da DRE’8 na escola onde os docentes colocaram os problemas que envolvem violência. Na reunião o professor Paulo Lira Fernandes que representou o SINTESE frisou que é necessária uma articulação da Secretaria de Estado da Educação não somente com a Segurança Pública, mas também com aa comunidades escolares na busca de alternativas para dirimir as situações de violência que têm ocorrido não somente na área da escola situada no Marcos Freire II, mas também nas áreas do Conjunto Jardim e Parque dos Faróis.

No final da reunião ficou encaminhado que haverá uma intensificação das rondas policiais no entorno da escola e que outras ações serão tomadas.

Com todos estes fatos relatados fica ainda mais incompreensível a nota do professor, pois o sindicato tomou as providências possíveis considerando que não é gestor nem da Educação e muito menos da Segurança Pública do Estado.

Vale ressaltar também que, infelizmente, a violência ocorrida com o professor não foi a primeira. O SINTESE sempre protagonizou as denúncias de situações violentas ocorrida com docentes (seja da rede estadual como é o atual caso, quanto das redes municipais). O sindicato, inclusive, sempre colocou que é extremamente necessário que os casos não fossem vistos de forma isolada, mas sim como consequência da falta de políticas públicas.

Cabe ao sindicato apoiar seus filiados, denunciar os problemas que acontecem na Educação e garantir junto aos demais integrantes da classe trabalhadora a manutenção e ampliação de direitos.”

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Antônio Carlos Garcia

CEO do Só Sergipe

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