Cidades

Pesquisas revelam mutações do coronavírus

Compartilhe:

Cientistas brasileiros mapearam os vírus em 19 pacientes hospitalizados nas regiões sul, sudeste e centro-oeste e identificaram mutações. O trabalho de vigilância genética viral revelou que as características do vírus no Brasil são diferentes dos coronavírus introduzidos. No total, foram identificados 17 vírus como sendo de origem europeia e os outros dois de origem asiática. Segundo especialistas, sem vacina ou medicamentos, por enquanto, o isolamento social, o distanciamento e a quarentena, além da rotina de higienização das mãos e do ambiente têm sido as formas de conter a disseminação.

O médico infectologista, Matheus Todt, professor da Unit, explica que o coronavírus original, detectado pela primeira vez na década de 1960, era um vírus associado à infecções respiratórias e quadros gastrointestinais leves com pouca repercussão clínica, principalmente da população pediátrica. “Em 2002, na China, foi observado a primeira grande mutação do coronavírus, denominada de SARS Coronavírus. Esse novo vírus foi capaz de causar infecções respiratórias graves, inclusive com a letalidade superior ao do atual. Cerca de 10% da população que foi contaminada com esse vírus nos anos de 2000 a 2003 vieram a óbito”.

A segunda mutação, segundo o infectologista, aconteceu em 2012, na China e Arábia Saudita, quando foi denominada MERS Coronavírus, da sigla em inglês, Síndrome Respiratória do Oriente Médio e trouxe ainda mais letalidade. “Nos anos de 2012 e 2013, de todas as pessoas infectadas por essa nova mutação do coronavírus, 35% morreram. Com a nova mutação detectada no final do ano de 2019, hoje denominada SARS Coronavírus II, observamos que a letalidade não era tão elevada. Enquanto a mutação de 2002 do SARS Coronavírus e a de 2012, o MERS Coronavírus, tinham letalidade de 10% e 35% respectivamente, o Covid-19 foi observado uma letalidade em torno de 4% a 5%, talvez menos”, ressalta.

Para o médico, a evidência de uma nova mutação detectada por cientistas brasileiros chama a atenção e acende um sinal de alerta. “Não há como prever o comportamento do vírus e isso é preocupante porque pode causar formas graves ou menos graves. Então, diante de uma nova mutação de um vírus desconhecido e com poucas informações a respeito, é fundamental manter as medidas mais efetivas hoje conhecidas que são a higiene adequada das mãos e o isolamento, sobretudo dos pacientes que estejam com quadros respiratórios, casos suspeitos e os confirmados. Se expor intencionalmente, ou mesmo expor os outros de forma irresponsável, só torna a situação mais grave e uma ameaça, talvez, de mais letalidade”, alerta Matheus Todt.

Compartilhe:
Só Sergipe

Site de Notícias Levadas a Sério.

Posts Recentes

Banco do Nordeste integra o Fasc com palco especial

O Banco do Nordeste (BNB) integra a programação da 40ª edição do Festival de Artes…

23 horas atrás

Receita abre consulta a lote da malha fina do Imposto de Renda

  Cerca de 249 mil contribuintes que caíram na malha fina e regularizaram as pendências…

23 horas atrás

José Rollemberg Leite Neto — serenidade e inteligência na Academia Sergipana de Letras

  Prof. Dr. Claudefranklin Monteiro Santos (*)   primeira vez que trocamos algumas palavras foi…

23 horas atrás

Orquestra Sinfônica de Sergipe celebra Dia da Consciência Negra no TTB

  A Orquestra Sinfônica de Sergipe (Orsse) realizou, na noite de quinta-feira, 20 de novembro,…

23 horas atrás

Começa hoje o Festival de Artes de São Cristóvão

O Festival de Artes de São Cristóvão (FASC) começa hoje, 20 de novembro e segue…

2 dias atrás

Consciência, identidade e desenvolvimento: A força das múltiplas raízes do povo brasileiro

  Por Heuller  Roosewelt Silva Melo (*)   plenitude da nossa sociedade depende intrinsecamente da…

2 dias atrás