Lá Vem História

Parabéns, Rodrigo Costa e Silva

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Por Luiz Thadeu Nunes e Silva (*)

 

Caro leitor, amiga leitora, peço licença para compartilhar uma alegria, e contar uma história especial. Contador de histórias, hoje vou falar de um tesouro chamado filho. Caso você seja pai ou mãe sabe da felicidade de ter filhos.

Tenho a sorte e o privilégio de ter dois: Rodrigo e Frederico. Filhos esperados, planejamos, amados. Hoje, homens feitos, adultos e decentes, são meus melhores amigos.

Desde que nasceram, dando continuidade à minha genética, prolongando meus dias na Terra, criei-os dizendo que “a melhor coisa do mundo é filho”.  Crescidos, barbudos, continuo repetindo que: “a melhor coisa do mundo é filho”. O nascimento de um filho é a renovação da esperança de dias melhores, mesmo em um mundo caótico, injusto e perigoso.

Rodrigo com o filho Heitor

Rodrigo, primogênito, nasceu no Rio de Janeiro, em 10 de agosto de 1987. Minha sogra, d. Maura, morava no Rio, e Heloísa optou por tê-lo com a logística da família, que lá reside. Morávamos em Pindaré-Mirim, e por causa do trabalho, não pude estar presente em sua estreia no mundo. Não existiam as maravilhas da tecnologia do mundo moderno, onde se acompanha tudo ao vivo. Só fui ver seu rostinho após duas semanas de nascido.

Que felicidade! Quanta alegria em ser pai. Fui um pai presente, participei de cada fase de sua vida. As primeiras aulas no Jardim de Infância, as atividades recreativas. Arrumava tempo para deixá-lo e apanhá-lo na escola. Participava das reuniões de pais e mestres, e registrava na velha Kodak os momentos preciosos, que constituem nossas melhores memórias. Levei-o ao pediatra, ao catecismo.

Aprendi a dar banho, fazer mingau, sabia a hora dos remédios; só não dei peito, pois peito de homem não sai leite. Aprendi que quando fosse falar com eles, deveria estar sentado, para não parecer um extraterrestre perto deles. Sentado no chão, eles pequenos, em pé, em minha volta, prestavam atenção. Conectados, batíamos altos papos. Éramos irmãos.

Todos os dias, como faço até hoje, provoco-os, só para ouvir as respostas. Se passo alguns dias sem falar com Rodrigo e/ou Frederico, a primeira pergunta que faço: “Estás feliz?”, e acrescento: “De que adianta ganhar o mundo inteiro e perder sua alma?”, ensinam as Sagradas Escrituras. Ensinei-lhes que o grande segredo da vida é estar bem, querer o bem, viver bem. Que mantenham cabeça fria diante as intempéries.

Na adolescência, época das descobertas, redobrei a atenção. Se saíam, só dormia após chegarem em casa. Quando dormiam, dava um jeito de cheirar a roupa usada, para ver se tinha vestígio de drogas. Aliás, sempre tive diálogo aberto com eles: não existiam assuntos tabus; e, sim, a linguagem apropriada e o momento oportuno para abordá-los.

Incentivei a lerem tudo que fosse para formação deles. Levei-os ao cinema, ao teatro, exposições de artes. Viajaram comigo pelo mundo. Fomos a estádios de futebol, quadra de esportes variados. Foram exímios nadadores. Procurei mostrar-lhes um pouco de tudo. Ensinei-os a respeitar todos, inclusive aos animais. Eles tiveram coelho, cachorro, peixe, tartaruga, papagaio e jandaias.

Ninguém é obrigado a gostar de todo mundo, nem de parentes, mas é imperativo o respeito. Mostrei-lhes o valor do dinheiro, advertindo-os a nunca se tornarem escravo dele. “Dinheiro é só um meio, nunca um fim.”

Heitor: nova alegria

Hoje, homens casados, desenvolveram o lado crítico; sabem que não existem verdades absolutas. Que não são donos de nenhuma verdade, e que a vida é aprendizado contínuo e permanente. Todo dia é dia de aprender algo novo.

Rodrigo, que tão bem soube escolher a companheira para trilhar ao seu lado, a querida Ana Paula, me deram, este ano, meu primeiro neto, Heitor.

Ser avô de Heitor é uma nova alegria. Se “filho é a melhor coisa da vida, neto é a supremacia”.

Neste Dia dos Pais, só posso agradecer o privilégio e alegria de sê-lo.

Parceria, companheirismo e cumplicidade

Obrigado, querido Rodrigo, neste dia em que mudas de idade, por enriquecer a minha vida. Quão bom é observar o caminhar de um filho, saber que estão no caminho certo. Rodrigo e Frederico, se um dia ensinei algo a vocês, hoje, sou eu que aprendo. Obrigado, queridos, pela parceria, companheirismo e cumplicidade.

Feliz Dia dos Pais a todos!

 

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Luiz Thadeu Nunes

Engenheiro Agrônomo, escritor e globetrotter. Autor do livro “Das muletas fiz asas". E-mail: luiz.thadeu@uol.com.br

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