Segurança Pública

Oitenta presos usavam nomes falsos

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O trabalho dos papiloscopistas da Divisão Criminal do Instituto de Identificação impediu que cerca de 80 pessoas acabassem tendo problemas com a Justiça em 2017, em virtude de terem suas identificações utilizadas por criminosos no momento da prisão. De janeiro até o dia 30 de novembro, a Divisão realizou 3.004 identificações criminais. Também foram verificadas 7.350 fichas de antecedentes para Justiça ou delegacias e realizados 1,2 mil cadastros criminais.

De acordo com o papiloscopista Jenilson Gomes, o trabalho desenvolvido é de suma importância no suporte às investigações da Polícia Judiciária e no decorrer do processo judicial, pois através da realização da identificação criminal é que se pode, a princípio, comprovar a identidade do preso. “Quando a autoridade judiciária levanta suspeita sobre a identificação de um suspeito é solicitada a identificação criminal dele”, explicou.

O papiloscopista ressalta que, em alguns casos, na tentativa de burlar a polícia e escapar de um novo processo, pessoas com antecedentes criminais acabam se apresentando com nome de familiares, geralmente irmãos ou primos. “Elas escolhem pessoas próximas, em especial parentes, por terem informações privilegiadas, ficando assim mais fácil de montar a farsa”, lembrou Jenilson Gomes, acrescentando que graças ao exame papiloscópico o infrator acaba sendo penalizado, e não um terceiro.

Em setembro, um integrante de uma milícia do Rio de Janeiro, que foi preso em Sergipe durante uma blitz da Polícia Rodoviária Federal (PRF) com um veículo roubado, apresentou a identificação de um familiar. No entanto, durante a realização do flagrante no Complexo de Operações Policiais Especiais (Cope), a autoridade policial desconfiou da identificação apresentada e, graças ao exame papiloscópico, descobriu-se a farsa.

Não fosse o trabalho realizado pelos papiloscopistas da Divisão Criminal do Instituto de Identificação, o suspeito Habdalla Nascimento de Souza, o “Bibi”, que estava com preventiva decretada por conta do assassinato de um cadete do Exército no ano passado, poderia ser colocado em liberdade enquanto o irmão dele acabaria processado.

Segundo Jenilson Gomes, quando solicitado, o papiloscopista vai na delegacia ou unidade prisional realizar a coleta das impressões digitais. “Isso deixa a prestação do serviço mais humanizada, pois, antes o preso era levado até a sede do Instituto, gerando constrangimento para as pessoas que estavam aguardando atendimento e para o próprio interno”.

 

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Antônio Carlos Garcia

CEO do Só Sergipe

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