Câmara das reflexões: pensar na morte é pensar na finitude da vida
Por André Luiz Andrade (*)
Há um sussurro que atravessa o tempo, um lembrete gravado em pedra e ecoando nas palavras dos antigos: memento mori. Lembre-se de que você vai morrer. À primeira vista, pode parecer uma mensagem sombria, quase assustadora, mas, na verdade, é um chamado à vida, um convite a viver com plenitude e propósito.
Pense na morte como um espelho que nos mostra a essência do que somos. Ela nos desafia a abandonar as máscaras, os apegos e as ilusões de imortalidade que alimentamos no dia a dia. Ao lembrarmos que nosso tempo é finito, os pequenos dramas se desfazem como fumaça ao vento, e aquilo que realmente importa emerge com nitidez.
Quantas vezes você já adiou um “eu te amo” ou deixou para amanhã aquele sonho que acalenta no peito? Quantas vezes se permitiu viver no automático, acreditando que o amanhã seria garantido? O memento mori nos sacode desse torpor. Ele nos lembra que cada segundo é um presente, uma oportunidade única de ser, fazer e transformar.
Os estoicos sabiam disso. Para eles, refletir sobre a mortalidade não era um exercício mórbido, mas uma prática de sabedoria. Ao contemplar a finitude, aprendiam a valorizar o momento presente, a perdoar com mais facilidade e a amar com mais profundidade.
Memento mori não é apenas uma lembrança da morte, mas um lembrete de que a vida é preciosa porque é breve. Encontre beleza nos dias simples. Admire o pôr do sol, abrace mais forte quem você ama, ria até o rosto doer. E quando os desafios parecerem insuportáveis, lembre-se: a própria transitoriedade da vida os tornará pequenos com o tempo.
No final, não é a morte que importa, mas como vivemos até ela chegar. Que nosso legado seja mais do que apenas memórias; que sejam sementes de amor, sabedoria e coragem plantadas nos corações daqueles que deixamos para trás.
Memento mori. Mas, acima de tudo, viva.
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