Por Luiz Thadeu Nunes e Silva (*)
A palavra mãe é um substantivo, mas bem que poderia ser um verbo. Mãe é cuidar, brigar, chorar, brincar, sorrir, ajudar, mudar, se preocupar, proteger, acalentar.
Mãe é a essência do amor. Quando Deus quis enviar seu único filho à terra para nos salvar, fez através de uma mulher. Maria, mãe de Jesus, é símbolo máximo de amor.
Tive o privilégio de vir ao mundo através de uma mulher forte, decidida, generosa, trabalhadora, guerreira; mas, acima de tudo, amorosa e zelosa, que partiu cedo, aos 43 anos, de um infarto fulminante, enquanto dormia, grávida do sétimo filho.
Saudade é o amor que fica. Eu era um garoto de 17 anos quando foi abruptamente cortado nosso cordão umbilical. Até hoje, 49 anos depois, a saudade e sua falta são enormes. Após sua partida a vida seguiu seu curso; tive que aprender a viver sem sua presença física, buscando na memória seu exemplo, sua força, sua garra de viver. Quando ainda não existia o termo “empoderada”, que só recentemente entrou na moda, minha mãe já era. Mãe de seis filhos, uma escadinha, paridos um após o outro, se graduou em Educação, aos 40 anos, na década de 70. Educadora, lecionava em três turnos, em lugares diferentes, para dar o melhor para nós.
Uma noite, enquanto dormia, novembro/76, o coração não resistiu, e ela partiu.
Sem ser Economista, minha mãe sabia como ninguém multiplicar dinheiro. Sou de uma época em que as mães iam aos armazéns, como eram chamadas as lojas que vendiam fazenda, ou tecidos, com aviamentos; levava para a costureira, que fazia roupas para toda a família, além de capa para sofá, colcha de cama e cortinas. Nunca faltou dinheiro para que todos andassem limpinhos, cheirosos e bem vestidos. Época de comprar na quitanda do bairro, anotar no caderno os gêneros de primeira necessidade, pagos no final do mês. Não existia cartão de crédito.
Aos domingos, todos banhados e areados, prontos para assistir à missa, nas primeiras horas do dia. Visitar os parentes abonados no final da tarde, onde esperávamos ansiosos pela hora do bolo com refresco e/ou Cola Jesus. Decepção, era quando ao visitar parentes ou amigos de papai e mamãe, saía apenas um cafezinho. Quando criança não gostava de café; hoje reúno amigos e familiares entorno de mesas de café da tarde. Tudo muda com o tempo.
Com tanta violência no mundo, especialmente contra as mulheres, fico a pensar que mundo louco. Metade do mundo é feito de mulheres, a outra metade saiu de dentro de uma delas. São vocês mulheres, com seus ventres que povoam o mundo, são vocês mulheres que colorem o mundo, o amor de vocês mulheres que salva o mundo. O amor de mãe é incondicional, sublime, ultrapassa todos os limites.
Em minhas lembranças, recordo de minha mãe chegando em casa, cansada, entre um turno e outro, para preparar a comida, e a alegria de nos reunir em torno dela. Nossa casa, simples, não tinha muitos móveis, mas era cheia de livros e de boas e carinhosas palavras. Tínhamos amor, cuidado, zelo, aconchego. Tivemos tudo em uma infância feliz. Quando vejo tanto desamor em um mundo tão corrido e consumista, sinto que falta amor e carinho de mãe.
Se os países fossem governados pelas mães não teríamos guerras. As mães não mandariam seus filhos se matarem.
Mãe enxerga no escuro, escuta no silêncio e sente à distância.
Dá-se o nome de saudade tudo que fica abraçado em nós pela alma.
Tipo, se eu sinto falta, é saudade.
Se eu sinto vontade de ver, é saudade.
Se a voz não sai do pensamento, é saudade. Tudo que se relaciona a bons sentimentos, é saudade.
E tudo que gera em nós saudade, é amor.
Hoje, aos 66 anos, continuo carente do amor e atenção de minha mãe; quando a coisa aperta, minha vontade é correr para o colo de minha querida, saudosa e inesquecível mãe, pois lá estava seguro. Obrigado, querida Maria da Conceição, por tudo; como a senhora faz falta, mesmo tantos anos após a sua partida.
Feliz Dia das Mães a todas as mulheres que com seus ventres e seus corações fazem o mundo melhor.
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