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UFS realizará testes sorológicos da covid-19 em índios da aldeia Xocó

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A Universidade Federal de Sergipe (UFS) realizará na próxima quinta-feira, 2, testes sorológicos para a identificação de anticorpos do novo coronavírus em 200 índios da tribo Xocó, localizada no povoado Ilha de São Pedro, no município de Porto da Folha, Alto Sertão do estado. A iniciativa é uma parceria entre a UFS e o Governo do Estado de Sergipe, por meio da Secretaria Estadual de Saúde.

“Faremos o inquérito epidemiológico por amostragem, fazendo perguntas em relação a sinais e sintomas, e liberando os resultados o mais rápido possível para que atitudes sejam tomadas através do órgãos que cuidam da população indígena”, afirma o coordenador da força-tarefa de testagem da UFS, professor Lysandro Borges.

O coordenador ainda reforça que o teste sorológico não detecta o coronavírus, mas sim os anticorpos que a pessoa produz ao ter contato com o vírus. “O diagnóstico só é feito pelo médico com mais exames adicionais. Estamos tentando identificar o anticorpo IgG e IgM para SARS-COV-2. E não necessariamente o paciente que tem essa sorologia, tem que ser investigado a presença do vírus com métodos, como a biologia molecular, o RT-PCR. E com o médico chegar ao diagnóstico”, explica o professor.

O primeiro caso de infecção pelo novo coronavírus na tribo foi confirmado no dia 12 de junho em um homem de 42 anos de idade. Atualmente, segundo a Secretaria de Saúde de Porto da Folha, são cinco casos confirmados da doença na população indígena.

De acordo com o líder da aldeia, Lucimário Apolônio Lima, o cacique Bá, as ruas da comunidade indígena estão mais vazias desde a confirmação do primeiro caso e o uso de máscaras foi recomendado para evitar a propagação do novo vírus respiratório.

Ações em saúde

Além da testagem para a soroprevalência da doença nos índios, a força-tarefa da UFS realizará testes de glicemia e aferição de pressão arterial. Haverá ainda a doação de máscaras de proteção e kits de higiene pessoal, de limpeza e produtos alimentícios.

“Já trabalhamos com comunidades tradicionais. A ideia dessa ação na tribo surgiu quando os índios nos procuraram solicitando a doação de álcool gel que está sendo produzido na UFS. Nos comprometemos a doar o material enquanto durar a pandemia e buscamos ampliar a ação. Estão sendo feitas campanhas para arrecadar alimentos e outros produtos,” conta a professora do Departamento de Farmácia, Francilene Silva.

Histórico da aldeia

Hoje, cerca de 400 índios vivem na aldeia na Ilha de São Pedro. A única etnia indígena remanescente do estado só foi reconhecida como reserva oficial no dia 9 de setembro de 1979. Doze anos depois, a Funai homologou a Caiçara como território indígena.

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Antonio Carlos Garcia

Editor do Portal Só Sergipe

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