Negócios

Saneamento básico em Sergipe é “extremamente preocupante”, diz economista

Compartilhe:

O economista do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Sócios Econômicos em Sergipe (Dieese), Luís Moura, considerou “extremamente preocupante” os dados do  Instituto Trata Brasil,  onde mostram que apenas 45% das casas no Estado têm saneamento básico. “Estamos longe de atingir a meta de universalização do saneamento. Preocupa, também, o fato de o Governo do Estado ter lançado um edital para buscar companhias para avaliarem a Deso”, reforçou o economista.

Essa será a segunda vez que o Governo de Sergipe contrata empresas para avaliarem a Deso. Em 2015, o então governador Jackson Barreto recebeu do Banco Nacional de Desenvolvimento Social (BNDES) um estudo técnico  feito pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) sobre a universalização  do saneamento básico.

No dia 23 deste mês, o Governo de Sergipe, através da Agrese, lançou um edital para receber propostas de elaboração dos estudos de viabilidade técnica, econômico-financeira e jurídica, dos serviços públicos de fornecimento de água e esgotamento sanitário nos municípios operados pela Companhia de Saneamento de Sergipe (Deso), até o dia 01 de agosto.

O Chamamento Público n°: 06/2019, Anexo e o Termo de Referência na íntegra, estão disponibilizados no site institucional: www.agrese.se.gov.br, clicando no banner na página principal “Edital de Chamamento Público”.

“O governador Belivaldo disse que não ia privatizar a Deso e o Banese. Se hoje não temos a universalização do saneamento básico com o dinheiro público, imagine com a iniciativa privada, que só coloca dinheiro onde tem retorno. A Deso só investe em Aracaju e as empresas privadas não teriam interesse em levar água para o sertão”, comentou Luiz Moura.

“É preciso o esforço da sociedade brasileira em universalizar o saneamento, pois diminuiria doenças como dengue, leptospirose, dentre outras. Investimento não é gasto, mas retorno para a saúde da população”, ponderou o economista do Dieese.

Meta

O Instituto Trata Brasil mostrou que o país continua com precariedade no saneamento básico e a meta de atingir, em 2030, a universalização dos serviços “não será feito”, acredita Moura. Ele acrescenta que, apesar de ser tocado com o dinheiro público, os municípios estão deixando de investir neste segmento. “E os que investem em saneamento são aqueles que menos gastam em saúde”, completou.

“Sergipe universalizou  o acesso a água em Aracaju. E se tirarmos Aracaju, percebemos claramente o problema nos demais municípios sergipanos”, disse Moura.

Compartilhe:
Antonio Carlos Garcia

Editor do Portal Só Sergipe

Posts Recentes

Sou passageiro do tempo

  Por Luiz Thadeu Nunes e Silva (*)   prendi com o tempo que a…

9 horas atrás

Gente nova para novas leituras de Sergipe

  Prof. Dr. Claudefranklin Monteiro Santos (*)   companhei boa parte do lançamento do livro…

1 dia atrás

Petrobras amplia participação em áreas do pré-sal após leilão

  A Petrobras arrematou os direitos e obrigações da União nas jazidas compartilhadas de Mero…

1 dia atrás

SMTT anuncia retorno dos parquímetros no primeiro semestre de 2026

  Por Antônio Carlos Garcia(*)   titular da SMTT, Nelson Felipe, afirmou que os parquímetros…

2 dias atrás

VemKiTem chega a Aracaju com um investimento de R$ 70 milhões e 120 vagas de emprego

cidade de Aracaju já tem data marcada para receber um dos empreendimentos mais aguardados do…

3 dias atrás

A Luz do Natal: cantatas serão realizadas nas sacadas do Palácio-Museu Luiz Antonio Barreto; veja a programação completa

  Dezembro chegou e, com ele, a programação natalina da Prefeitura de Aracaju, por meio…

3 dias atrás