CUBAR, um bar na cidade de Baku Fotos: Arquivo pessoal
Por Luiz Thadeu Nunes e Silva (*)
A língua portuguesa, rica e diversificada, tem palavras que têm diferentes sentidos, o que lhe confere enorme riqueza.
Em andanças pelo mundo tenho visto muita coisa hilária por causa do uso de palavras, que para nós, seria algo imoral e/ou vergonhoso.
Na passagem pela Holanda, em uma manhã fria de outono, peguei o trem em Amersfoort e desembarquei em Haia, para um encontro com amigos e posterior almoço. No caminho para o restaurante, a querida amiga Fernanda, chamou a atenção para o nome de um banco holandês, que teria dificuldade em ter filial no Brasil. O Rabobank, com agências espalhadas na Europa, é nome normal, sem motivos para piadas. Imagine, caro leitor, amiga leitora, você chegar na agência bancária e o caixa perguntar: “Quanto você quer colocar no Rabo?”, ou ainda, “Você quer sacar todo o dinheiro do Rabo?”.
Por pura coincidência, no domingo em que peguei o trem para o aeroporto Schiphol para viajar para Varsórvia, no vagão tinha um senhor sentado, que se levantou, oferecendo lugar para sentar. Era o holandês Tom Gruinjtes, que me disse que iria para o Cairo. Como falava espanhol, facilitou nossa conversa. Perguntei com que trabalhava, e ele disse-me que era bancário, e trabalhava no Rabobank. Como já tinha ido ao Brasil, sabia o significado do título do banco. Rimos juntos.
Em caminhada pelas ruas da belíssima cidade de Baku, cujo nome é sugestivo para algumas piadas e gracejos, passei em frente ao CUBAR, logo tirei uma fotografia para registrar e ilustrar minhas conversas em mesas de bar. Quando estava fotografando, um rapaz, garçom, saiu do Cu, ou seja do bar, e perguntou se eu queria que tirasse uma foto minha. “Claro”, respondi, explicando o que o nome do bar significava em português. Ele não se conteve e chamou outros funcionários do CUBAR para dividir as gaitadas.
Já tinha visto um Café em Nicósia, Chipre, com o nome CUCAFÉ. Naturalmente que registrei pelas lentes do smartphone.
Imagine um bar ou uma cafeteria com esse nome, seria hilário, e inúmeras piadas. “Vamos tomar uma no CU”. Explicando, o termo Cu significa Q: seria QBar ou QCafé, sem maldade alguma por lá.
Em Portugal, país de nossa língua pátria, há expressões que no Brasil teriam outro sentido.
“Vou pegar uma bicha”, em Portugal significa “fila”.
“Cacete”, enquanto no Brasil tem conotação sexual, em Portugal, significa algo bem inocente, um simples pão francês.
Pica, mais uma palavra com conotação sexual, no Brasil, órgão sexual masculino, mas que significa apenas uma injeção em Portugal (em gíria, claro).
Punheta, enquanto no Brasil significa o ato masculino de se masturbar, em Portugal, refere-se a um punhado, ou seja, uma quantidade de algo. Mas o que é mais divertido são os vinhos com nomes hilários: “Periquita”, “Rapariga da Quinta”, “Caralhus”, “3 Bagos”, “Pinto”, “Porca de Murça” e “Pouca Roupa”. Outros nomes divertidos são “Força no Pau”, “Trepa”, “Dedo do Meio”, “Esgana Cão” e “Colhão de Galo”. Em Dushanbe, Tajiquistão, saboreei a cerveja OXOTA – uma delícia.
A língua é algo vivo, que muda de significado de lugar para lugar. Até mesmo no Brasil há palavras que mudam de sentido de acordo com a região.
Escrevo do hotel Aiva em Bishkek, Quirguistão🇰🇬, 156° país visitado no mundo.
Nos dias 25 e 26 de novembro, das 9h às 12h, será realizado o…
A Sergipe Gás S/A (Sergas) estará presente em mais um importante marco para a…
O Governo do Estado de Sergipe publicou, nesta terça-feira, 18, o Decreto nº 1.300/2025, que estabelece…
A Prefeitura de Aracaju, por meio da Superintendência Municipal de Transportes e Trânsito (SMTT), divulgou,…
O Supremo Tribunal Federal (STF) publicou nesta segunda-feira (17) a ata do julgamento em que…
Como resultado da atuação integrada no planejamento operacional da Secretaria da Segurança Pública (SSP), o…