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Reflexão sobre execução, cultura de resultado e liderança com atitude de dono

 

Por Juliano César Souto (*)

 

As pequenas e médias empresas vivem sob a pressão constante de se manterem relevantes num mercado cada vez mais competitivo. A concorrência das grandes corporações, as turbulências econômicas, os ciclos políticos instáveis e as transformações tecnológicas impõem à liderança um desafio que vai muito além de planejar: é preciso executar.

Mais do que um bom plano, a diferença está na capacidade de concluir o que se propõe. Projetos sem “acabativas” drenam tempo, desmotivam pessoas e comprometem resultados. É nesse ponto que a cultura empresarial precisa ser firme: o projeto começa pelo fim. O que é sucesso? Como será medido? Quando termina? Quem é o dono?

Lideranças que brilham são aquelas que iluminam o caminho até a entrega. Foco em resultado, clareza de metas e disciplina no acompanhamento são marcas de quem lidera com consistência. Mas, para isso, é preciso transformar intenções em rituais. Não bastam reuniões. É preciso encontros com sentido, pautados por indicadores, com donos de projeto claramente identificados, avanços registrados e ajustes realizados em tempo real.

A estratégia, sozinha, não entrega. Segundo Ram Charan, o fracasso de muitas empresas está na incapacidade de converter intenção em ação coordenada. Para isso, o papel do fundador, do sucessor e dos gestores é decisivo. É preciso ter ambição clara, diferencial definido, disciplina nos processos, alinhamento organizacional e um time campeão.

Mas não se trata apenas de método. Trata-se de cultura. De colocar o lucro no centro da conversa. Lucro não como ganância, mas como sustentação. Como energia vital da organização. Ele permite investir em gente, tecnologia, inovação. Permite pagar melhor, atrair os melhores, crescer com consistência.

Empresas que crescem têm líderes que pensam obsessivamente no lucro. Cortam desperdício, investem com responsabilidade, remuneram por performance, não se perdem em processos que só existem para manter a ilusão de controle. Delegam execução, mas não abrem mão da decisão. E, acima de tudo, agem com senso de urgência. Identificam, registram, cobram e corrigem.

 

Executivo ou Dono? A Escolha que Define a Entrega

 

“Mesmo nos momentos em que tinha patrão, eu achava que era dono do que estava fazendo.” — Carlos Alberto Sicupira

 

A execução só ganha força quando é feita com atitude de dono — que não exige ser sócio no papel, mas exige agir como se o nome estivesse no projeto.

  • Atitude de dono não significa formalmente ser sócio, mas agir com responsabilidade final, como quem coloca o nome no projeto.
  • A grande diferença entre o gestor comum e o líder realizador está na postura diante do desafio.
  • O executivo típico faz o que foi contratado para fazer, cuida da carreira e espera reconhecimento.
  • O dono (ou quem age como tal) faz o que precisa ser feito. Assume riscos, diz “não” quando necessário, resolve o problema antes que ele cresça.

Liderar com espírito de dono é:

  • Cuidar dos centavos e dos detalhes.
  • Ter senso de urgência diante do problema.
  • Ter coragem de encarar as verdades difíceis.
  • Medir o valor do trabalho pela entrega, não pelo cargo.

Essa é a cultura que diferencia empresas que sobrevivem daquelas que se perpetuam. Empresas que crescem têm gente que age como dona — e isso se escolhe todos os dias.

A execução é o elo entre sonho e resultado. O fundador deve ser o guardião da visão. O sucessor, o integrador de gerações e o inovador da cultura. O gestor, o realizador que não deixa a promessa virar desculpa. Todos precisam falar a mesma língua: a linguagem da entrega.

Executar é cultura. E cultura se transforma com exemplo, com foco e com resultado.

 

____________________

O texto acima é uma livre interpretação de diversos artigos. Pode não refletir exatamente a mensagem original dos autores. As fontes estão disponíveis para leitura completa nos links a seguir:

“A arte de empreender, segundo Beto Sicupira “  escrito por Alexandre Teixeira e  publicado na revista EPOCA NEGOCIOS     http://epocanegocios.globo.com/Revista/Common/0,,ERT102581-16642,00.html  

https://mercadoeconsumo.com.br/22/04/2025/artigos/execucao-iniciativas-sem-acabativas-o-custo-de-ficar-na-promessa/amp/

https://exame.com/negocios/5-dicas-para-ser-um-lider-focado-na-estrategia/      Por Carlos Bonato, professor da Fundação Dom Cabral Publicado em 25/06/2022

https://midfalconi.com/conhecimento/o-sucesso-da-media-empresa-esta-na-capacidade-de-liderar/?utm_source=linkedin&utm_medium=social&utm_campaign=blogpost_bom_gestor&utm_content=link_12_01_24.

Jean  Paul Rebetez (jean.rebetez@gsmd.com.br) é diretor de Consultoria da GS&AGR ,  postado no site  http://www.gsmd.com.br/pt/eventos/varejo-total/lucro-vamos-ao-que-interessa

 

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Juliano César Faria Souto

Estanciano, 61 anos, Administrador de Empresas graduado pela Faculdade de Administração de Brasília, com MBA em Gestão Empresarial pela FGV. Atua como sócio-administrador da FASOUTO, empresa do setor atacadista distribuidor e autosserviço.

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