Prefeitura lança Observatório e traça plano para revitalizar o Centro de Aracaju
A solenidade aconteceu no Centro Administrativo Prefeito Aloísio Campos
Foto: Ronald Almeida/Secom PMA
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A Prefeitura de Aracaju apresentou nesta segunda-feira, 6, os resultados do Censo do Centro Comercial de Aracaju, que mapeou 7.489 imóveis distribuídos em seis setores estratégicos, abrangendo 83 quadras e as principais vias comerciais da região central. O levantamento inédito, realizado pela Secretaria Municipal do Desenvolvimento Econômico e Inovação (Semde), traz um panorama detalhado sobre o perfil econômico, a ocupação e as necessidades da área, e vai subsidiar novas ações de planejamento urbano, incentivos a comerciantes e políticas públicas para revitalização do Centro.
Os dados foram divulgados durante o lançamento do Observatório Econômico de Aracaju, ferramenta que reúne indicadores sobre educação, saúde, trânsito e desenvolvimento local, oferecendo informações estratégicas para orientar ações da gestão municipal, atrair investimentos e apoiar projetos que fortalecem a economia da capital.
A solenidade aconteceu no Centro Administrativo Prefeito Aloísio Campos e contou com a presença da prefeita Emília Corrêa, secretários municipais, técnicos e representantes do setor produtivo.
Para a prefeita, as duas iniciativas — o Observatório e o Censo — reforçam o planejamento estratégico para o desenvolvimento sustentável da capital, ao aliarem transparência, eficiência e inovação na formulação de políticas públicas.
Prefeita destaca que ferramentas respaldam o desenvolvimento sustentável da capital
“A gestão está investindo sempre em ferramentas de inteligência e informação para subsidiar políticas públicas e decisões estratégicas. Isso que está acontecendo no Observatório e o Censo que aconteceu foi exatamente para nos dar segurança nas decisões e fazer aquilo que o Centro espera, o que a população do Centro espera. O Observatório transforma números em conhecimento e conhecimento em ação. Com dados concretos, a prefeitura trabalha com previsibilidade, foco e transparência. Planejar é cuidar”, destacou.
Ainda segundo Emília Corrêa, a prefeitura pretende diversificar as atividades econômicas e culturais no Centro, transformando-o em um espaço de convivência e atratividade.
“A gente vai movimentar o Centro da cidade para trazer as pessoas para povoá-lo, logicamente, com serviços. Não vai mais ser aquele Centro de antigamente, vai ser um Centro cultural, gastronômico, comercial, de convivência. Então, a gente vai cuidar exatamente disso”, afirmou.
O Observatório Econômico da Prefeitura de Aracaju reunirá dados e indicadores do município, promovendo uma base sólida para decisões de gestão e políticas públicas.
De acordo com o secretário Dilermando Júnior, a plataforma permitirá análises comparativas e diagnósticos precisos sobre os diversos setores da cidade.
“Esse observatório nada mais é do que uma análise de dados de como se comportou Aracaju no tocante à educação, saúde, trânsito e tudo aquilo que a gente puder ver como era no passado, a gente quer trazer para a atualidade para ver como está se comportando e o que pode ser melhorado. Com a análise desses dados, nós poderemos trazer melhorias para todos os segmentos e uma análise mais firme”, explicou.
O Censo do Centro Comercial de Aracaju, realizado com visitas in loco, entrevistas estruturadas e registros fotográficos, fornece agora uma radiografia detalhada da região central. Segundo o diretor de Estudos Econômicos da Semde, Ytalo Ramos, as informações obtidas vão orientar ações mais precisas e eficazes.
“É um anseio, na verdade, de todos os comerciantes, e a gente consegue fazer essa entrega, trazendo uma análise de dados mais aprofundada, o mapeamento sobre o centro de Aracaju, para transformar isso em política pública. Eu acho que o planejamento de revitalização, quando é embasado em dados, a gente consegue ter uma assertividade, uma eficiência muito maior naquela entrega para a população”, explicou.
O secretário Dilermando Júnior adiantou que, com base nesse diagnóstico, a prefeitura já estuda propostas de incentivos para empreendedores interessados em ocupar imóveis desocupados no Centro.
“A gente já tem com base nesse censo algumas propostas que serão apresentadas para que a gente possa até trazer incentivos àquelas pessoas, àqueles empreendedores, empresários que quiserem voltar a empreender nesses espaços que estão desocupados. Então, hoje a gente faz um trabalho para poder trazer de novo as empresas e as residências que não estão mais no centro da cidade, para que a gente continue mantendo ele forte”, completou.
O presidente da Associação Comercial e Empresarial de Sergipe (Acese), Maurício Vasconcelos, destacou que o levantamento confirma em números uma percepção já consolidada entre os empresários: a urgência de políticas específicas para o Centro.
“É um marco na história da Prefeitura poder tratar uma coisa tão importante como é o Centro de uma forma a identificar realmente a realidade, e não ficar fazendo as coisas somente no achismo. Logo que a nova gestão assumiu, nós procuramos a Secretaria de Desenvolvimento para dizer que nós precisamos ter informações para poder defender o centro de uma forma mais consciente, para fazer as pessoas entenderem a importância do Centro, a quantidade de empregos gerados no Centro, e aí a gente fala não somente de comércio”, afirmou.