A polarização política transformou o debate público em um verdadeiro campo de batalha Fotos: Marcelo Camargo/Agência Brasil
Por Diego da Costa (*)
O ano de 2026 será, sem dúvida, um marco na história política do Brasil. Teremos uma das eleições mais importantes dos últimos anos, com a escolha de Presidente da República, dois Senadores por estado, Governadores, Deputados Federais e Estaduais. Em meio à movimentação das campanhas, redes sociais fervendo e debates que se multiplicam, uma palavra costuma ganhar destaque: polarização. De um lado, os chamados “coxinhas”. Do outro, os “petralhas”. E, no meio desse cabo de guerra, o Brasil.
A polarização política transformou o debate público em um verdadeiro campo de batalha. Rótulos são reforçados, amigos e familiares se afastam e, muitas vezes, perde-se a capacidade de diálogo. O ambiente deixa de ser um espaço de troca para se tornar um muro de lamentações, ofensas e negação do diferente.
Esse cenário é perigoso, pois nos faz esquecer que o objetivo de uma democracia não é anular o outro, mas sim construir, juntos, soluções que contemplem a maioria e respeitem as minorias. No calor da disputa, nos esquecemos de que adversários não são inimigos, mas diferentes intérpretes de um mesmo país.
Num país vasto e diverso como o Brasil, o consenso nunca será total, mas é possível — e necessário — buscar pontos de convergência. Isso só acontece quando há disposição genuína para ouvir, refletir e negociar. Não se trata de abrir mão de valores, e sim de entender que nenhuma visão sozinha dará conta dos nossos desafios. Pluralidade é riqueza, e negociar é construir pontes.
O consenso não anula diferenças, mas as considera. Aponta caminhos possíveis para a coletividade, reconhecendo que ninguém detém todas as respostas e que o respeito à diversidade é o maior ativo de uma nação.
Aí entra a comunicação assertiva, tema fundamental não só para o ambiente político, mas para todas as relações sociais. Comunicação assertiva é aquela em que expressamos nossos pensamentos, sentimentos e demandas com clareza, respeito e empatia. Ela se opõe tanto à agressividade (que agride e fecha portas), quanto à passividade (que silencia e anula).
Na hora de debater política — seja no almoço de família, nas redes sociais ou no trabalho —, ser assertivo significa:
Comunicação assertiva é, portanto, o grande antídoto contra o veneno da polarização. Onde há respeito e escuta, há possibilidade de construir consensos.
O Brasil que queremos só será possível se cada um fizer sua parte na construção de um debate público saudável — começando pela forma como nos comunicamos. Em 2026, teremos novamente a oportunidade de decidir não apenas com o voto, mas também com atitudes cotidianas, que contribuam para a tolerância, o respeito e o aprimoramento da nossa democracia.
Não precisamos concordar com tudo, mas precisamos, com urgência, nos escutar e buscar o melhor para a maioria, sem perder o olhar atento às diferenças que nos tornam únicos e, ao mesmo tempo, parte deste grande coletivo chamado Brasil.
Que a próxima eleição seja lembrada, não pela radicalização, mas pelo avanço do diálogo e da maturidade democrática. E que cada um de nós seja parte ativa desse processo, praticando a comunicação assertiva, o respeito e a busca incansável pelo consenso.
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