No evento, estudos sergipanos sobre hidrogênio verde foram apresentados como referência nacional Fotos: Ascom/Sedetec
O Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico e da Ciência e Tecnologia (Sedetec), marcou presença no 1º Congresso Brasileiro de Minas e Energia (CBME2025). O evento ocorreu nesta terça-feira, 23, em Brasília. A abertura da programação foi realizada pelo Fórum Nacional dos Secretários Estaduais de Minas e Energia (FNSME), na última segunda-feira, 22, com uma cerimônia de reconhecimento às boas práticas desenvolvidas pelos estados. Na oportunidade, os representantes sergipanos destacaram o projeto do Hub de Transição Energética e Hidrogênio Verde conduzido pelo Sergipe Parque Tecnológico (SergipeTec), vinculado à Sedetec.
Considerado um espaço de debates sobre o mercado de gás, petróleo e energias, o CBMSE é uma preparação para a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), que será realizada em Belém, no Pará, no mês de novembro. O Congresso contou com a presença de especialistas, autoridades governamentais, setor produtivo e sociedade civil, em discussões sobre os desafios e propostas de melhorias para o ambiente de negócios e o papel dos estados na governança nacional do setor energético. As palestras pautaram temas como as novas fronteiras do ramo de petróleo e gás, mineração sustentável e transição energética.
O secretário da Sedetec, Valmor Barbosa, destacou a relação entre o evento e a construção do Plano de Transição Energética de Sergipe, que está em sua fase final. “Com o gancho da COP30, todo o país está focado na elaboração de políticas públicas que ampliem o olhar sustentável na pauta do desenvolvimento econômico. Nosso Plano Estadual de Transição Energética é uma demonstração de que Sergipe está atento a essa discussão. E no CBME, líderes de todo o Brasil têm a oportunidade de fortalecer esse compromisso de forma cooperativa”, ressaltou.
Evidência do alinhamento da gestão estadual aos debates sobre descarbonização e fontes renováveis, os estudos sergipanos sobre hidrogênio verde foram apresentados como referência nacional. A iniciativa visa estimular a geração de H2V e biogás a partir do problema ambiental das plantas macrófitas nos lagos das usinas hidrelétricas da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco. O intuito é auxiliar na recuperação de ambientes aquáticos e investir em inovação e novos modelos de negócio, além de reduzir custos ambientais – R$ 7,5 milhões ao ano são gastos na remoção emergencial de macrófitas.
“O projeto, desenvolvido em parceria com a BioWatt, busca transformar um problema ambiental em solução energética. Embora ainda não se manifeste em Sergipe, já é uma preocupação. A proposta é remover plantas macrófitas que crescem no leito do rio da Usina de Paulo Afonso, município da Bahia, evitando a obstrução das turbinas, e convertê-las em biogás para geração de hidrogênio. Nossa proposta é desenvolver a tecnologia no SergipeTec, pegando essa matéria-prima, que é uma biomassa, e processá-la para produção de energia”, frisou o pesquisador do SergipeTec Marcos Felipe Sobral.
A Companhia de Desenvolvimento Econômico de Sergipe (Codise), também vinculada à Sedetec, fez parte da comitiva sergipana na agenda. Para o presidente da instituição, Ronaldo Guimarães, o Congresso é uma oportunidade de repensar práticas e processos rumo a uma economia de baixo carbono. “Sergipe vem expandindo sua oferta de incentivos para a atração de negócios. Nessa lógica, estamos buscando direcionar estratégias para que esses investimentos sejam acompanhados de uma visão integrada ao meio ambiente, focada na redução da emissão de poluentes”, ressaltou.
A Agenda Estratégica de Transição Energética do Estado de Sergipe é a base do Plano Estadual de Transição Energética. A iniciativa está sendo construída desde 2024, em uma parceria entre a Sedetec e o Centro de Estudos de Energia da Fundação Getúlio Vargas (FGV Energia). A ação consiste na elaboração de um estudo técnico que analisa as principais oportunidades e desafios no setor, além de mapear a matriz energética sergipana e as iniciativas já em andamento no estado.
As etapas do projeto incluíram estudos técnicos e workshop. A presente e última fase é a consulta pública, que busca permitir a contribuição da sociedade e assegurar a transparência do processo. O acesso à consulta é garantido por meio de formulário eletrônico, disponível no site da Sedetec (sedetec.se.gov.br) até o dia 12 de outubro.
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