Comunicação Assertiva

Faustão: O comunicador que conquistou o Brasil

Compartilhe:

 

Por Diego da Costa (*)

 

O Brasil sempre teve grandes comunicadores na TV, mas poucos foram tão marcantes quanto Fausto Corrêa da Silva, o Faustão, apresentador, radialista e jornalista. Com seu jeito irreverente, frases icônicas e presença de palco inconfundível, ele se tornou um símbolo da televisão brasileira.

Por mais de três décadas, Faustão dominou as noites de domingo, primeiro no Perdidos na Noite e, posteriormente, no Domingão do Faustão, na TV Globo. Sua forma de se comunicar ia além de apresentar um programa – ele criava conexão com o público, falava de forma autêntica, trazia humor e, acima de tudo, sabia envolver as pessoas com sua presença.

A arte de se comunicar com autenticidade e assertividade: O que fez Faustão um comunicador tão poderoso? Podemos destacar três aspectos principais:

  1. Espontaneidade – Ele nunca foi um apresentador que seguia roteiros rígidos. Suas falas eram naturais, muitas vezes interrompendo convidados ou mudando de assunto de forma inesperada, o que tornava tudo mais dinâmico e divertido.
  2. Domínio de cena – Ele sabia ocupar o espaço, impor sua voz e prender a atenção do público. Seja conversando com artistas, seja interagindo com anônimos no palco, ele sempre manteve o controle da situação.
  3. Frases marcantes e expressões próprias – Quem não lembra dos famosos bordões como “Ô loco, meu!”, “Quem sabe faz ao vivo!” e “Tá na tela!”? Essas expressões se tornaram parte do vocabulário popular e reforçaram sua identidade como comunicador.

Faustão foi um exemplo de comunicação assertiva, pois sabia equilibrar informação, entretenimento e autenticidade. Ele não tinha medo de ser direto, de corrigir algo ao vivo ou até mesmo de expressar sua opinião, sem perder o tom carismático.

Um momento delicado, mas um legado eterno: Nos últimos anos, Faustão enfrentou desafios de saúde, passando por um transplante de coração e agora lutando contra complicações graves. Seu afastamento da TV trouxe comoção dos fãs, reforçando o carinho e a gratidão do público por sua trajetória.

Independentemente de seu estado de saúde, o legado de Faustão na comunicação brasileira não será apagado. Ele ensinou que um bom comunicador não precisa seguir padrões, mas sim criar seu próprio estilo, conectar-se com a audiência e fazer a diferença através da voz.

Afinal, não é apenas o que falamos que importa, mas como comunicamos nossa mensagem ao mundo. E nisso, Faustão sempre fez com excelência.

 

Compartilhe:
Diego da Costa

Diego da Costa é profissional de Administração, radialista e escritor. Atuou em organizações públicas e privadas dos segmentos de Turismo, Inovação, Administração, Ciência e Tecnologia.

Posts Recentes

Um dia no Aeroclube de Sergipe

  Professor Manuel Luiz Figueiroa   ra um sábado de manhã, o sol irradiava um…

19 horas atrás

Jornalismo que se aprendia no olhar e se aperfeiçoava na convivência

Por Everaldo Goes (*)   cena parece saída de um filme: dois jornalistas, cansados, mas…

1 dia atrás

Rosa Faria: arte e história como missão 

  Por Acácia Rios (*)   Quero morrer ocupando minhas mãos.  Em uma delas, levarei…

1 dia atrás

Moura Dubeux lança linha Mood e complexo residencial na zona sul de Aracaju

A Moura Dubeux, referência no setor imobiliário do Nordeste, lançou em Aracaju a linha Mood,…

2 dias atrás

De Romero para Romero – uma tertúlia literária entre Sílvio e Abelardo

    Prof. Dr. Claudefranklin Monteiro Santos (*)   Na última terça-feira, 22, tive a…

3 dias atrás

Ex-presidente Fernando Collor é preso em Maceió

  O ex-presidente da República Fernando Collor de Mello foi preso na manhã desta sexta-feira…

3 dias atrás