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Desafios da economia: Bioética e Processos Produtivos (parte 1)

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Iginio Rivero Moreno (*)

A Bioética tem se convertido numa disciplina acadêmica, que desde finais do século passado apresenta uma ampla influência no âmbito das estruturas de Estado e de governo no nível planetário, incluindo a ONU. As principais nações desenvolveram importantes espaços de estudo para gerar assessoria orientadora no contexto político, na resolução de problemas ecológicos que afetam níveis sociais e econômicos, que por sua vez, incidem diretamente sobre a continuidade da vida em condições éticas.

É muito interessante o tema da Bioética. Seria de muita relevância abordar o tema em vários artigos, já que o mesmo orienta a necessidade de responder tantas perguntas. Talvez ignoradas? Ou intencionalmente evitadas? Não sabemos com certeza, mas sabemos que existe uma real e urgente necessidade de trocar esquemas no modo de produção que rege o destino da atual humanidade. Globalizada num âmbito mundial predatório que esgota de maneira vertiginosa os limitados recursos da natureza, de nossa reserva ecológica, ameaçando seriamente a continuidade da vida como a conhecemos hoje.

Esse tema tem sido muito debatido, mas ainda assim há muito o que dizer sobre ele. A realidade é que a natureza se encontra cada vez mais debilitada por uma super exploração de seus recursos em nome de um desenvolvimento industrial desproporcionalmente abusivo, que funciona com um crescimento ilimitado de suas demandas de matérias primas, que além de já esgotadas, não conseguem renovar-se diante do ritmo tão acelerado de depredação.

A economia, em seu esquema tradicional, está errada por não prever ou não ser efetiva na sua reposição dos recursos que se exploram na produção industrial geral. É extremamente idiota e primitivo, além de absurdo, poluir as fontes hídricas com esgotos urbanos e lixo das fábricas, desmatar inumeráveis extensões de florestas virgens acabando com seus ecossistemas, cujas consequências não se limitam em aumentar uns poucos graus da temperatura ambiente e exigir-nos baixar um pouco mais os graus do ar condicionado, mas também a destruição do habitat de inumeráveis espécies vegetais e de animais, erosão do solo, perda do lençol freático e dos fluxos de rios e afluentes, provocando desestabilidade tectônica na crosta terrestre, desgelo polar, epidemias, entre outros.

Perguntamo-nos: o que os cidadãos comuns podem fazer para mudar essa realidade que afeta diretamente nosso futuro como humanidade?…

Continuaremos no próxima texto.

(*) Poeta e artesão venezuelano. Licenciado em Educação, especializado em Desenvolvimento Cultural pela Universidade “Simón Rodríguez”, Venezuela.

** Esse texto é de responsabilidade exclusiva do(a) autor(a).  Não reflete, necessariamente, a opinião do Só Sergipe.

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Iginio Rivero Moreno

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