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Por Charles Albuquerque (*)

 

A ansiedade é uma companheira, muitas vezes, silenciosa que não faz distinção de gênero, mas entre as mulheres, ela encontra terreno fértil para se manifestar com mais frequência e intensidade. Por isso, entender as origens, as implicações e os caminhos para o alívio da ansiedade torna-se essencial para alcançar a saúde mental feminina.

As causas da ansiedade feminina são multifacetadas. Pressões sociais, expectativas, desafios profissionais, papéis múltiplos na sociedade e as flutuações hormonais podem ser alguns dos elementos que desencadeiam ou intensificam essa condição.

A jornada feminina é, frequentemente, marcada por múltiplas responsabilidades e por isso, muitas vezes, exige um malabarismo emocional intenso.

Muita gente não se dá conta que os impactos da ansiedade vão além do aspecto emocional. Afeta a qualidade de vida, interfere no sono, desestabiliza o humor e pode até mesmo desencadear problemas de saúde física.

A busca por soluções imediatas muitas vezes leva ao uso indiscriminado de medicamentos, mas é essencial ponderar os riscos e benefícios dessas intervenções.

O tratamento da ansiedade, especialmente entre as mulheres, vai além da abordagem farmacológica. Terapias cognitivo-comportamentais, técnicas de relaxamento, exercícios físicos regulares e a busca por atividades prazerosas são abordagens fundamentais para a gestão e alívio dos sintomas.

Contudo, uma das âncoras mais poderosas no enfrentamento da ansiedade é a rede de apoio. Compartilhar experiências, buscar aconselhamento profissional, fortalecer os laços familiares e estabelecer conexões com grupos de apoio podem ser passos cruciais para lidar com essa condição.

A pessoa com ansiedade precisa compreender que esse não é um fardo a ser carregado sozinha. Buscar ambientes de apoio, com promoção de diálogo aberto sobre saúde mental e buscar suporte emocional são alicerces essenciais para o bem-estar da mulher moderna.

Não só às mulheres, mas também aos homens é crucial lembrar que a busca pelo equilíbrio emocional não é um sinal de fraqueza, mas sim de força e autocuidado.

O caminho para a serenidade pode ser árduo, mas com compreensão, compaixão e apoio mútuo, podemos torná-lo mais suave.

Até a próxima, que a busca pela serenidade e pela saúde mental seja uma jornada coletiva, guiada pela compreensão e pela solidariedade, afinal viver em paz, à flor da pele, não é opção, é uma condição alcançada pela mente saudável.

Um grande abraço.

 

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Charles Albuquerque

Médico, expert em feridas.

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