São Paulo, onde surgiu o primeiro caso de covid-19 no Brasil Foto: Diogo Moreira/Governo do Estado de São Paulo
O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) do município de São Paulo é o mais clássico indicador da evolução do custo de vida das famílias paulistanas e um dos mais antigos do Brasil.
Foi estimado pela primeira vez em janeiro de 1939, pela Divisão de Estatística e Documentação da Prefeitura do Município de São Paulo.
Desde 1973 está a cargo da Fundação do Instituto de Pesquisas Econômicas (FIPE), vinculado ao Departamento de Economia da Universidade de São Paulo (USP).
O seu objetivo de pesquisa está nas variações do custo de vida das famílias com renda domiciliar entre 1 e 10 salários mínimos.
O IPC é calculado medindo-se o mês inteiro, num diapasão que abrange do primeiro ao último dia de cada mês.
De novembro de 1942, data mais antiga disponível para cálculo no portal do Banco Central, até janeiro de 2021, o IPC testemunhou uma inflação de colossais 398.768.666.406.579.000%.
Logo, como quem lê já deve desconfiar, se o salário mínimo então vigente, definido em Cr$ 300,00 (trezentos cruzeiros) fosse corrigido para os dias atuais por este indicador, ele seria de tão somente R$ 435,02 (quatrocentos e trinta e cinco reais e dois centavos) por mês.
De modo complementar, desde o advento do Plano Real, o IPC variou 460,955%. Isso permite especular que, sob esse índice, o salário mínimo deveria estar em R$ 363,44 mensais.
Em média, no âmbito dos mandatos presidenciais desde 1995, o IPC tem evoluído a uma taxa de 0,50% ao mês. O seu maior valor foi observado em julho de 1995 (3,72%) e o menor em agosto de 1997 (-0,76%).
No decorrer dos mandatos de Fernando Henrique Cardoso, o IPC manteve uma média de 0,65% ao mês; com o Presidente Lula, por sua vez, essa foi de 0,43% mensais. Sob a condução da presidenta Dilma essa medida manteve-se em 0,53%.
Com o Sr. Temer, o IPC deteve uma desenvoltura mensal média da ordem de 0,25%. No entanto, o Sr. Bolsonaro não tem conseguido reproduzir esse feito, sustentando uma média de 0,43% mensais.
Conforme apurado pela Coluna, respectivamente, educação (790,5%) e saúde (708,7%) foram os itens que mais encareceram nesses 26 anos.
Em contrapartida, vestuário (48,8%) e despesas pessoais (361,7%), foram os que menos.
Contudo, é preciso frisar que, no ano de 2020, foi o item alimentação o que mais subiu de preço, com uma majoração próxima a 16,1% no período.
Sem deixar de lembrar que o resultado do IPC de janeiro de 2021 é o maior desde o ano de 2017 para a data, uma variação de 0,86% no mês.
(*) Emerson Sousa é Mestre em Economia e Doutor em Administração
** Esse texto é de responsabilidade exclusiva do autor. Não reflete, necessariamente, a opinião do Só Sergipe
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