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“É preciso de mais de 70% da população imunizada para controlar a pandemia”, diz infectologista 

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O Brasil já ultrapassou a marca de 19 milhões de casos confirmados de Covid-19. O número de óbitos também já superou o número de 530 mil vidas perdidas. Nem de longe esses dados eram previstos desde o início da pandemia do novo coronavírus. Em fevereiro do ano passado, o país registrava o primeiro caso da doença. Já em março, a primeira morte.

Um ano e quatro meses depois, o país registra mais de 50 mil casos e 1 500 mortes por dia. Com a vacinação avançando lentamente, o Brasil ainda enfrenta desafios no enfrentamento da Covid-19.

“É importante salientar que, no atual momento, não podemos nos valer apenas da vacinação para controlar a pandemia. As medidas não farmacológicas, como o isolamento social e o uso adequado de máscara, continuam fundamentais”, comenta o infectologista e professor do curso de Medicina da Universidade Tiradentes, Matheus Todt.

“Hoje, o país possui menos de 15% da população complementarmente imunizada e precisamos de mais de 70% para começarmos a controlar a pandemia. Portanto, ainda temos muito chão pela frente”, acrescenta.

Para o especialista, as medidas de biossegurança sozinhas não são capazes de controlar a pandemia. “Elas conseguem reduzir a velocidade de disseminação da doença e reduzir a sobrecarga do sistema de saúde. Isso possibilita o acesso à UTI nos casos graves e nos dá mais tempo para imunizar a população. Infelizmente, desde o início da pandemia, as autoridades e a população não levaram a sério essas medidas de controle. O resultado dessa atitude nós já sabemos com mais de meio milhão de óbitos”, observa o infectologista.

“Ao não seguir medidas comprovadamente eficazes, como o distanciamento social e ampla imunização da população, e apostar em ‘fórmulas mágicas’ sem evidência científica sólida, as autoridades contribuíram para um maior número de casos da doença e para um maior número de óbitos”, complementa.

Para o professor da Unit, reduzir a transmissão é uma forma efetiva de reduzir a carga da mortalidade. “Ao reduzirmos a velocidade de infecção, reduzimos a sobrecarga do sistema de saúde, possibilitamos atenção adequada aos casos graves e, consequentemente, reduzimos o número de mortes”, enfatiza.

“O que podemos fazer para contribuir com isso, todos já estão calejados de escutar é o isolamento social, uso de máscaras, higiene das mãos e vacina logo que possível”, finaliza.

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