quinta-feira, 25/04/2024
Época boa para renegociar dívidas e manter o nome limpo na praça Foto: Lízia Martins/Ascom PMA

Vendas no varejo caíram em Sergipe

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O mês de setembro não obteve a retomada de crescimento nas vendas do comércio varejista, em Sergipe. O volume de vendas recuou -0,6% em relação ao mês de agosto deste ano, acumulando o terceiro mês de queda consecutiva no comércio sergipano.

De acordo com dados da pesquisa mensal de comércio, realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), e analisados pela Fecomércio-SE, o volume de vendas do comércio varejista ao longo do ano de 2015 apresenta uma variação positiva de apenas 1,6%, número igual período acumulado correspondente aos últimos doze meses, entre setembro de 2014 e setembro de 2015. No comparativo entre os meses de setembro deste ano e setembro de 2014, a queda foi de -8,9% no volume de vendas.

O comércio varejista ampliado, que inclui as vendas de veículos e materiais de construção, apresenta uma queda ainda maior. Foram -15,4% de recuo no volume de vendas do varejo ampliado, que acumula uma queda de -4,3% ao longo do ano de 2015 e soma um déficit de -2,9% ao longo dos últimos doze meses corridos, nas vendas.

Já a receita nominal do volume de vendas do comércio varejista também apresentou uma leve queda de -0,2% entre agosto e setembro deste ano. A retração aumenta para -1,6%, quando se analisa o mesmo mês do ano passado. Entretanto, os resultados anuais ainda apontam um saldo positivo de +8,3% para o período de janeiro a setembro deste ano e +7,8% no período acumulado dos últimos doze meses.

De acordo com o estudo da assessoria econômica da Fecomércio, o comportamento de vendas do comércio varejista entre janeiro e setembro, há uma regularidade na queda das vendas e da receita, com alguns meses apresentando variações positivas, mas sem que haja uma continuidade, sem formar uma estabilização na economia do comércio sergipano.

A trajetória das vendas do comércio sergipano é o reflexo da situação econômica das famílias do estado que mostra deterioração. O poder de compra da população está diminuindo e isso tem provocado aumento na inadimplência, além do desemprego. Todo esse conjunto de variáveis negativas causa impactos no comércio. Apesar de setembro apresentar uma retração menor que o mês de agosto, as vendas no varejo continuam desacelerando.

Sergipe enfrenta cinco meses de queda no volume de vendas do comércio varejista, comparando com o ano passado. O mesmo acontece com a receita nominal, que também sofreu queda. Os sinais mostram que o ano está sendo de extrema dificuldade para o varejo do estado.

Considerando a análise comparativa do comércio varejista restrito e ampliado, percebe-se que a evolução das vendas do comércio varejista ampliado apresenta quedas consecutivas e significativas ao longo dos meses. Isso não significa que o comércio varejista restrito esteja em boas condições, ao contrário. Significa que o comércio geral, em Sergipe, está perdendo fôlego e seguindo em retração.

O presidente da Fecomércio-SE, Laércio Oliveira, destacou que mesmo com a ligeira recuperação de empregos no comércio em setembro, ainda há dificuldades, como a perda do poder de compra das pessoas, além da inflação, como contribuintes para os problemas do comércio sergipano.

“Em setembro o comércio voltou a abrir vagas, foram gerados 239 postos de trabalho, após quatro meses demitindo. Mas os dados do ano são preocupantes, pois o comércio já acumula um saldo negativo de (-1.236) trabalhadores desempregados. Essa situação exige dos empresários e governo, ações efetivas para que a economia retome seu crescimento”, disse o presidente.

Os estados que apresentaram melhor comportamento no mês de setembro em seu volume de vendas foram Alagoas, que conseguiu um crescimento de +1,7%, São Paulo, com +1,5%, Bahia, que obteve aumento de +0,2% e Paraná, que cresceu +0,1% no volume de vendas. Já os estados com maior queda foram o Maranhão, com -5,4%, Mato Grosso do Sul, com -3% e o Acre, com -2,4%. Sergipe ficou empatado com o Amapá e Minas Gerais, com -0,6%.

 

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